O diagnostico da infecção pela hepatite C e crucial em relação à estratégia que será seguida a partir desse momento no acompanhamento ou tratamento do paciente, crucial porque em função da gravidade do dano no fígado a conduta médica será totalmente diferente em cada caso especifico. Felizmente o tratamento atual consegue curar uma parte significativa dos infectados, mas o grau de progressão da doença no momento do diagnostico e provavelmente o principal fator que vai determinar a maior, ou menor possibilidade de sucesso com o tratamento dentro de cada genótipo.
A resposta terapêutica conseguida nos últimos anos aumentou consideravelmente, em parte devido a medicamentos mais eficazes, e também em grande parte pela maior experiência e conhecimento por parte dos médicos especializados, os quais conseguem melhor administrar os medicamentos, controlar os efeitos colaterais e até indicar tratamentos individuais, específicos para cada paciente. Este tipo de cuidados somente pode ser realizado por especialistas em doenças hepáticas ou com experiência no tratamento da hepatite.
As especialidades médicas na área da hepatologia, da gastroenterologia e da infectologia são as três indicadas, porém, não é somente a especialidade e sim a atualização profissional do médico que é fundamental, já que praticamente todos os dias surgem novas informações sobre pesquisas, medicamentos e terapias em relação à hepatite C. Um profissional que não freqüente cursos e congressos de forma permanente ficará desatualizado em poucos meses. Atualmente nas hepatites B e C e obrigatória a educação médica continuada para se ter condições de indicar o melhor aos pacientes.
O diagnóstico pode causar preocupação, depressão, temor, indiferença e muitas outras situações no paciente. Cada um reage de forma diferente ante uma noticia que geralmente coloca o individuo perante o desconhecido. Neste momento o “agraciado” com o diagnostico terá uma imensidão de duvidas e perguntas sobre seu prognostico, a progressão da doença, as formas de transmissão, os cuidados a tomar, as possibilidades de cura, etc. etc.. É neste ponto que o conhecimento do médico é importante para poder outorgar respostas precisas, necessitando para tal tempo e paciência para responder ao paciente.
Acontece que o tempo de uma consulta sempre será pequeno para tantas duvidas, assim, alguns médicos tentam dedicar maior tempo de consulta no dia do diagnóstico, mas isso não sempre e possível, principalmente nos hospitais públicos. A maioria dos médicos indicam aos pacientes algum grupo de apoio ou indicam páginas da internet onde poderão encontrar respostas a principais duvidas.
A falta de respostas, de atenção ou de dialogo entre médico e paciente resulta em uma interpretação negativa para o paciente. É comum ouvir relatos que falam em médicos que atendem o paciente com desinteresse, apressados, de formas incompetente e por aí fora. Situação esta nada boa nem para o paciente nem para o médico. O médico não pode esquecer que estudos demonstram que até 40% dos infectados com a hepatite C apresentam desordens psiquiátricos ou distúrbios no humor, motivo pelo qual se trata de pacientes muito especiais na forma como deve ser encarado o dialogo.
Cabe então ao paciente procurar aquele médico que despertou certa “empatia”, que deu ao paciente uma confiança que somente amigos podem outorgar. A especialidade pouco importa, ele pode ser um infectólogo, um gastroenterologista ou um hepatologista, mas o importante e que ele seja experiente, atualizado e “bom de papo”, que entenda o paciente e, que a partir desse momento se forme uma boa relação médico paciente.
Carlos Varaldo
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