Estudo publicado no Journal of Hepatology pesquisou os fatores ambientais e culturais que podem estar associados a uma maior velocidade na progressão do dano causado ao fígado pelo vírus da hepatite C, objetivando realizar recomendações para evitar a progressão da doença a todos àqueles que não podem ser tratado ou que não respondem ao tratamento.
Os autores relatam que muitos estudos já comprovaram que a ingestão de bebidas alcoólicas, inclusive em quantidades moderadas, resulta na aceleração da fibrogenesis com a conseqüente aceleração do grau de fibroses.
Outros estudos demonstram que o cigarro pode aumentar a atividade necro inflamatória devido a mudanças desencadeadas por baixos níveis de oxigênio no sangue dos fumantes, aumentando dessa forma o dano ao fígado.
Finalmente os autores observaram que o uso continuo da maconha (cannabis) também é um fator que acelera a velocidade de progressão de destruição das células hepáticas e o aparecimento de graus mais elevados de fibroses. Alertam que o grau de esteatoses e maior entre portadores de hepatite C usuários de maconha que no resto dos infectados.
Concluem os autores que os médicos devem alertar os pacientes sobre o impacto negativo que possuem o álcool, o cigarro e a maconha sobre a expectativa futura na progressão da doença, devendo se oferecer apoio para conseguir a abstinência.
Considero que as mesmas recomendações devem ser feitas aos portadores de hepatite B e, que os grupos de apoio aos pacientes devem ser mais insistentes nessas recomendações.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
A Mallat, C Hezode, and S Lotersztajn. Environmental factors as disease accelerators during chronic hepatitis C. Journal of Hepatology 48(4): 657-665. April 2008.
Carlos Varaldo
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