Diagnóstico precoce é o primeiro passo para enfrentar as hepatites virais

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Estudos comprovam que portadores não diagnosticados dos vírus B e C da hepatite apresentam uma expectativa de vida de apenas 56 anos

 

Assim como o vírus da AIDS, os vírus das hepatites B e C são transmitidos por pessoas, pelo contato com sangue contaminado, e ainda, no caso da hepatite B, por relação sexual e de mãe para filho durante o parto. Da mesma forma que o HIV, os vírus B e C da hepatite podem ser fatais, se não diagnosticados logo e tratados. Estudos comprovam que portadores desses dois tipos de hepatite, quando permanecem sem diagnóstico, apresentam uma expectativa de vida de 56 anos.

No Brasil, há de 5 a 6 milhões de pessoas infectadas por um desses dois vírus, ou seja, 1 em cada 30 brasileiros, de acordo com números do Ministério da Saúde. Desses, 95% não sabem que têm a doença, já que ela se desenvolve sem sintomas.

A falta de informação sobre as hepatites B e C também contribui para o baixo diagnóstico. Ambas são desconhecidas pela população, que normalmente as confundem com a hepatite tipo A – transmissível por água e alimentos contaminados. As hepatites B e C não apresentam sintomas até que a doença já esteja avançada e o fígado comprometido por cirrose ou câncer.

Em sua próxima consulta de rotina, converse com o médico sobre o teste para as hepatites B e C. Se o resultado for positivo, procure um infectologista, hepatologista ou gastroenterologista para que ele possa indicar o tratamento correto”,. Basta um exame de sangue para diagnosticar as hepatites B e C.

A hepatite B não tem cura, mas pode ser controlada com medicamentos. Já a hepatite C tem cura, se descoberta precocemente. Outra boa notícia é que existe vacina para a hepatite B, disponível gratuitamente nos postos de saúde aos jovens de até 19 anos e a pessoas expostas a maior risco de infecção, como filhos de portadores ou profissionais de saúde. Se o resultado do teste para o vírus B for negativo, é aconselhável vacinação. As pessoas não sabem, mas a hepatite B é a principal doença sexualmente transmissível (DST), a qual se transmite com uma facilidade até cem vezes maior que a AIDS.

As hepatites B e C podem ser contraídas no compartilhamento de instrumentos de manicure, pedicure, lâminas de barbear e agulhas não esterilizadas adequadamente. No passado, quando não havia controle adequado nos bancos de sangue, muitas pessoas foram infectadas por esses dois vírus por meio de transfusões.

No mundo, os vírus das hepatites B e C já contaminaram 500 milhões de pessoas. A estimativa é da Organização Mundial da Saúde (OMS) e mostra a dimensão da epidemia global dessas duas doenças, 10 vezes maior do que a da AIDS. A tradução disso é que 1 em cada 12 habitantes no mundo está infectado por hepatite B ou C.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
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