Será que estamos mais perto da cura da hepatite B?

1690

Resultados do estudo OSST publicados na revista “Antiviral Therapy” mostra a possibilidade de se conseguir o controle imunológico sustentado em infectados com hepatite B HBeAg-positivos que se encontravam em tratamento de longo prazo com entecavir e mudaram para interferon peguilado alfa 2-a (40K).

Interrompido o entecavir, 62 pacientes que completaram 48 semanas de tratamento com interferon peguilado alfa 2-a foram acompanhados por 48 semanas após finalizar a administração do interferon com o objetivo de avaliar a soroconversão do HBeAg e a manutenção da soroconversão do HBeAg às 48 semanas pós-tratamento.

A taxa de soroconversão do HBeAg aumentaram de 17,7% (11/62) no final do tratamento para 38,7% (24/62) 12 meses após o tratamento com interferon. Após 12 meses a soroconversão do HBeAg foi conseguida por 63,6% dos pacientes com resposta no final do tratamento 63,6% (7/11), enquanto a soroconversão do HBeAg final foi conseguida por 33,3% (17/51) dos pacientes que não tinham resposta no final do tratamento.

A perda sustentada do HBsAg foi documentada em seis de sete pacientes, e a supressão sustentada do HBV/DNA foi conseguida em 60% (27/45) dos pacientes com resposta ao final do tratamento.

Concluem os autores que aqueles infectados que após um longo tratamento com entecavir e que ainda não obtiveram a soroconversão do HBeAg, a mudança para um tratamento de 48 semanas com interferon peguilado alfa 2-a produz a soroconversão em uma proporção substancial de pacientes ao final do tratamento com interferon e até após 1 ano do final do tratamento. Além disso, a soroconversão do AgHBe e a perda do HBsAg são sustentadas na maioria dos pacientes durante 12 meses sem tratamento.

MEU COMENTÁRIO

A cada dia surgem novidades no tratamento da hepatite B, sejam elas em tratamentos com os medicamentos atualmente disponíveis ou com os resultados de ensaios clínicos de novos medicamentos, como o caso do “Tenofovir Alafenamide” (TAF), uma evolução do conhecido tenofovir que não apresenta o inconveniente de problemas renais.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Sustained immune control in HBeAg-positive patients who switched from entecavir therapy to pegylated interferon-?2a: 1-year follow-up of the OSST study – Han M, Jiang J, Hou J, Tan D, Sun Y, Zhao M, Ning Q. – Antivir Ther. 2016 Jan 6. doi: 10.3851/IMP3019.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com


IMPORTANTE: Os artigos se encontram em ordem cronológica. O avanço do conhecimento nas pesquisas pode tornar obsoleta qualquer colocação em poucos meses. Encontrando colocações diversas que possam ser consideradas controversas sempre considerar a informação mais atual, com data de publicação mais recente.


Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.


Aviso legal: As informações deste texto são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação medica.
É permitida a utilização das informações contidas nesta mensagem desde que citada a fonte: WWW.HEPATO.COM


O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO