[:pb]CFM orienta médicos a pedir testes de HIV e sífilis e hepatites B e C em qualquer consulta[:es]CFM orienta a médicos a solicitar pruebas de VIH y sífilis y hepatitis B y C en cualquier consulta[:]

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu uma recomendação para que todos os médicos incluam testagens para HIV, sífilis e hepatites B e C nos pedidos de exames de sangue convencionais. A ideia, segundo o órgão, é derrubar o tabu sobre o tema e antecipar o diagnóstico dessas infecções.

“Em médio prazo, poderemos ter um índice muito menor daquelas pessoas que não conhecem os diagnósticos dessas moléstias, que eles podem estar portando. Às vezes, as inibições do médico e do paciente, em consultas sobre outras questões, fazem com que isso não seja abordado”, diz o presidente do CFM, Carlos Vital.

Os exames não são compulsórios e o paciente deverá ter a liberdade de recusar o procedimento. A recomendação também não obriga os médicos a tocarem no assunto, mas o conselho espera ampla adesão da categoria.

“A autonomia será respeitada. O pedido só será feito, inclusive, após um esclarecimento e um consentimento do paciente, mas o médico deve, na sua entrevista, fazer referência à importância desse exame para a prevenção e o cuidado do paciente”, afirma Vital.

A frequência desse tipo de exame também deverá ser avaliada pelo profissional de saúde, com base na rotina de cada paciente. Para as hepatites, os médicos também serão orientados a verificar se a vacinação foi realizada e a recomendar a aplicação das doses, se necessário.

Os testes de sorologia para HIV, sífilis e hepatites B e C são oferecidos na rede pública e, por isso, não devem representar custo adicional ao cidadão. “O Brasil é um dos poucos países que oferece de maneira universal no Sistema Único de Saúde. É uma conquista do SUS que deve ser ampliada, mas para isso, precisa da adesão do médico e do cidadão”, diz o presidente.

CASOS ‘OCULTOS’

A recomendação pode ajudar o Brasil a tomar conhecimento real do número de pessoas infectadas por essas doenças transmitidas, na maior parte dos casos, pelo contato sexual sem proteção. O Ministério da Saúde estima que 150 mil brasileiros vivam com HIV sem saber. Em 25% dos casos diagnosticados, a doença só é identificada em “estágio avançado de imunossupressão”, quando o organismo já está debilitado.

Segundo o CFM, o protocolo de sugerir os exames já é adotado por médicos dos Estados Unidos e da União Europeia. A indicação poderá ser feita por médicos de qualquer especialidade, mesmo em consultas que não estejam relacionadas aos órgãos genitais ou à prática sexual.

“Os exames são importantes para os positivos [que apresentarem infecção] e para os negativos. Os positivos, para fazer o tratamento precoce, e os negativos, para fazer a prevenção. Não temos que prevenir apenas durante o Carnaval, mas rotineiramente”, diz o relator da recomendação e coordenador da Comissão de Ginecologia e Obstetrícia do CFM, José Hiran Gallo.

RISCO CONTÍNUO

Médico infectologista e membro da Câmara Técnica de Bioética do CFM, Dirceu Grecco afirma que o conceito de “grupo de risco” e “comportamento de risco” – anteriormente aplicados a garotas de programa, homossexuais e usuários de drogas, por exemplo – foram abolidos para todas as doenças sexualmente transmissíveis, incluindo as citadas na recomendação.

“O que se fala agora é em situação de risco, para sexo não protegido com pessoa que não sabe seu diagnóstico sorológico. A discussão sobre quando fazer [o exame], como fazer e para quem oferecer depende da relação médico-paciente. Para proteger a vida saudável, é preciso saber”, diz o médico.

Grecco diz que, embora as DSTs não escolham público, existem populações de maior vulnerabilidade social, com menos acesso às consultas médicas e que, por isso, estão mais expostas. “A travesti, a prostituta, o usuário de drogas [são exemplos]. O nosso papel, como médico, é não ter nenhum julgamento, proteger as pessoas, lutar contra a discriminação”, declara.

O protocolo atual de exames já prevê que, quando o teste dá positivo para essas doenças, o paciente deve ser encaminhado para orientação e tratamento em uma unidade de saúde. A notificação dos casos ao governo é obrigatória, mas Grecco afirma que o país ainda luta para diminuir o “subdiagnóstico” – pessoas infectadas que não sabem e, por isso, não entram nas estatísticas.

“No imaginário popular, parece que HIV não existe mais. O pessoal se lembra no Carnaval, no 1º de dezembro [Dia Mundial de Luta Contra a Aids]. Antes, pelo menos as ‘populações vulneráveis’ eram tratadas. Os números têm estabilidade, mas o comportamento ainda preocupa. Com a sífilis é a mesma coisa, e a doença é muito mais infectante que o HIV. Se tem aumento de sífilis, de gravidez na adolescência, é porque as pessoas não estão protegidas”, diz o infectologista.

Se a recomendação do CFM for seguida à risca, a discussão sobre a vida sexual deverá sair dos consultórios de ginecologia e urologia e atingir outras especialidades. “Não é só uma discussão sobre DST, mas sobre sexualidade. A nossa discussão pode ajudar a trazer de volta, para dentro da escola, aquilo que foi tirado. Discutir gênero, violência, direitos, e aí talvez nem precise mais de uma resolução dessas”, afirma.

Divulgado em: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/03/cfm-orienta-medicos-pedir-exames-de-hiv-sifilis-e-hepatites-pacientes.html

Carlos Varaldo
www.hepato.com
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O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO[:es]El Consejo Federal de Medicina (CFM) de Brasil emitió una recomendación para que todos los médicos incluyan testamentos para el VIH, sífilis y hepatitis B y C en las solicitudes de exámenes de sangre convencionales. La idea, según el órgano, es derribar el tabú sobre el tema y anticipar el diagnóstico de esas infecciones.

“A medio plazo, podremos tener un índice mucho menor de aquellas personas que no conocen los diagnósticos de esas molestias, que pueden estar portando. A veces, las inhibiciones del médico y del paciente, en consultas sobre otras cuestiones, hacen que eso no sea “abordado”, dice el presidente del CFM, Carlos Vital.

Los exámenes no son obligatorios y el paciente debe tener la libertad de rechazar el procedimiento. La recomendación tampoco obliga a los médicos a tocar el asunto, pero el consejo espera una amplia adhesión de la categoría.

“La autonomía será respetada, la solicitud sólo se hará, incluso, después de una aclaración y un consentimiento del paciente, pero el médico debe, en su entrevista, hacer referencia a la importancia de ese examen para la prevención y el cuidado del paciente”, afirma Vital .

La frecuencia de este tipo de examen también debe ser evaluada por el profesional de la salud, con base en la rutina de cada paciente. Para las hepatitis, los médicos también serán orientados a verificar si la vacunación fue realizada y recomendar la aplicación de las dosis, si es necesario.

Las pruebas de serología para VIH, sífilis y hepatitis B y C se ofrecen en la red pública y, por lo tanto, no deben representar un costo adicional al ciudadano. “Brasil es uno de los pocos países que ofrece de manera universal en el Sistema Único de Salud. Es una conquista del SUS que debe ser ampliada, pero para ello necesita la adhesión del médico y del ciudadano”, dice el presidente.

CASOS “OCULTOS”

La recomendación puede ayudar a Brasil a tomar conocimiento real del número de personas infectadas por estas enfermedades transmitidas, en la mayoría de los casos, por el contacto sexual sin protección. El Ministerio de Salud estima que 150 mil brasileños viven con el VIH sin saberlo. En el 25% de los casos diagnosticados, la enfermedad sólo se identifica en “etapa avanzada de inmunosupresión”, cuando el organismo ya está debilitado.

Según el CFM, el protocolo de sugerir los exámenes ya es adoptado por médicos de Estados Unidos y de la Unión Europea. La indicación podrá ser hecha por médicos de cualquier especialidad, incluso en consultas que no estén relacionadas a los órganos genitales oa la práctica sexual.

“Los exámenes son importantes para los positivos [que presentan infección] y para los negativos, los positivos, para hacer el tratamiento precoz, y los negativos, para hacer la prevención. No tenemos que prevenir sólo durante el Carnaval, sino rutinariamente”, dice el ponente de la recomendación y coordinador de la Comisión de Ginecología y Obstetricia del CFM, José Hiran Gallo.

RIESGO CONTINUO

Médico infectólogo y miembro de la Cámara Técnica de Bioética del CFM, Dirceu Grecco afirma que el concepto de “grupo de riesgo” y “comportamiento de riesgo” – anteriormente aplicados a chicas de programa, homosexuales y usuarios de drogas, por ejemplo- fueron abolidos para todas las enfermedades de transmisión sexual, incluidas las citadas en la recomendación.

“Lo que se habla ahora es en situación de riesgo, para sexo no protegido con persona que no sabe su diagnóstico serológico. La discusión sobre cuándo hacer [el examen], cómo hacerlo y para quién ofrecer depende de la relación médico-paciente. la vida sana, hay que saberlo “, dice el médico.

Grecco dice que, aunque las ETS no eligen público, existen poblaciones de mayor vulnerabilidad social, con menos acceso a las consultas médicas y que, por eso, están más expuestas. “La traición, la prostituta, el usuario de drogas [son ejemplos]. Nuestro papel, como médico, es no tener ningún juicio, proteger a las personas, luchar contra la discriminación”, declara.

El protocolo actual de exámenes ya prevé que, cuando la prueba da positivo para esas enfermedades, el paciente debe ser encaminado para orientación y tratamiento en una unidad de salud. La notificación de los casos al gobierno es obligatoria, pero Grecco afirma que el país todavía lucha para disminuir el “subdiagnóstico” – personas infectadas que no saben y, por eso, no entran en las estadísticas.

“En el imaginario popular, parece que el VIH no existe más, el personal se acuerda en el Carnaval, el 1 de diciembre [Día Mundial de Lucha contra el Sida], antes, al menos las ‘poblaciones vulnerables’ eran tratadas, los números tienen estabilidad, pero el comportamiento todavía preocupa, con la sífilis es lo mismo, y la enfermedad es mucho más infectante que el VIH. Si tiene aumento de sífilis, de embarazo en la adolescencia, es porque las personas no están protegidas “, dice el infecto.

Si la recomendación del CFM es seguida a la ligera, la discusión sobre la vida sexual deberá salir de los consultorios de ginecología y urología y alcanzar otras especialidades. “No es sólo una discusión sobre ETS, sino sobre sexualidad. Nuestra discusión puede ayudar a traer de vuelta, dentro de la escuela, lo que ha sido sacado. Discutir género, violencia, derechos, y ahí quizá ni necesite más una resolución de esas “, afirma.

Publicado en http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/03/cfm-orienta-medicos-pedir-exames-de-hiv-sifilis-e-hepatites-pacientes.html

Carlos Varaldo
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