[:pb]Eli Angela C. de Camargo – Brasil[:]

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As coisas mudam, para sempre!

 

Descobri ser portadora do vírus da HCV em junho de 2004. Tinha acabado de me aposentar (professora) profissão que amava. Mas ultimamente, sentia-me estranhamente cansada. Fiquei contente em poder descansar e tinha muitos planos em mente.

Durante uma cirurgia de hérnia de hiato o médico, gastroenterologista, atento, constatou que meu fígado apresentava alterações em cor e textura. Foi retirado material para biópsia, que acusou hepatite C viral em discreta atividade. (atividade inflamatória grau 2 e grau de fibrose 3) . Em exames posteriores, hemograma, enzimas hepáticas, etc…os resultados estavam todos alterados.

Até aí, tudo era “grego” para mim.

Fui encaminhada ao infectologista, profissional humano e competente, que explicou tudo o que podia sobre a doença e que deveria fazer o tratamento logo. Meu caso seria de tratamento imediato. Providenciou meu encaminhamento ao SUS, os papéis e exames necessários e começou a espera pelas medicações.

O que seria isso?

Assustei-me e pensei: está tudo perdido! Não vou conseguir, pois tenho 56 anos, alta carga viral e fibrose em grau 3. Fui pesquisar e fiquei mais assustada ainda. Fui indicada ao tratamento pelo SUS, por 48 semanas com o medicamento Pegasys (peginterferon alfa-2a), 180 microgramas semanais, associado a comprimidos de ribavirina (antiviral), 4 comprimidos ao dia. Passei pelas fases de pânico e de incredulidade (como eu teria isso, se nunca fui usuária de drogas, não fiz tatuagens, não compartilhei objetos cortantes?)

AH! sim, mas eu sou do tempo das injeções com seringas esterilizadas em água fervendo, nas farmácias, dos revólveres de aplicação das vacinas nas escolas, das manicures. Fiz cirurgias, partos… meu Deus…(eu ficaria louca se me prendesse só a isso, em tentar saber como fui contaminada!) assim fui aceitando, assimilando a idéia de que estava doente e teria a chance de me tratar.

Tinha que seguir em frente, tinha que lutar, eu amo demais a vida.

Pesquisei o que pude, entrei para um grupo de apoio virtual, onde pude trocar idéias com pessoas na mesma situação. Li muito, anotei o que acontecia comigo, com os exames, comparava, perguntava o que podia ao médico: eu precisava saber o que era aquilo, entender, para poder participar melhor do tratamento.

Os efeitos colaterais foram vários, mas suportáveis. Emagreci dez quilos, os lindos cabelos foram rareando (mas o que era isso perto da chance de cura?) fique extremamente cansada, emotiva, desanimada, tive alterações do sono, paladar e outros sintomas.

Os sintomas variavam, de semana para semana, assim, em uma passava bem, já na outra, nem tanto…

Mudei a alimentação, hábitos. Procurei eliminar tudo o que pudesse agredir o fígado, já tão sofrido e sobrecarregado. Tinha esteatose, hoje ela já não existe mais. Procurei ajuda na medicina homeopática e na acupuntura, que foram essenciais no alívio dos sintomas. O tempo foi passando… cada etapa vencida a muito custo.

Aprendi muito nessa jornada; especialmente, ter a coragem de me expor, se quisesse ajudar e aprender.

Após 12 semanas de tratamento, o resultado do primeiro exame /teste para saber como iam as coisas, (o PCR) deu “indetectado” ou negativo!! minhas esperanças se renovaram, fiquei muito mais motivada a continuar o tratamento. Fomos em frente. Consegui!

Durante o tratamento todo, fui observando, estudando, anotando tudo o que me interessava e o que se passava. Transformei isso em um livro, (quase terminado…) com o objetivo de poder ajudar um pouquinho, de ser apenas um canal para outras pessoas. Pretendo ajudar como fui ajudada e que as pessoas possam ver que há esperança mesmo nas situações consideradas graves, desde que todas as providências possam ser tomadas a tempo.

Hoje, 2010, estou com resultado negativo há 5 anos. Exames todos normais, desde os primeiros que fiz… e com monitoração semestral, através de endoscopia, ultrasom e outros exames de rotina, para verificação das condições do fígado.

Sou muito agradecida.

Por ter tido acesso às informações; a um profissional humano, competente; pela oportunidade de ter feito o tratamento e obtido sucesso e especialmente, por ter saúde e alegria em poder colaborar na divulgação dessa doença (o que faço desde que terminei o meu tratamento) que afeta uma porcentagem significativa da população e que ainda engatinha em soluções definitivas para esse extenso problema. Todos temos nossa parte a fazer. Do modo como pudermos, com os recursos que tivermos. Tudo será válido.

Temos o direito de ficar acomodados, indiferentes ou magoados, mas, uma vez que despertamos, não é isso que queremos.

As coisas mudam, para sempre!

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com


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Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.


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O Grupo Otimismo é afiliado da AIGA – ALIANÇA INDEPENDENTE DOS GRUPOS DE APOIO[:es]

¡Las cosas mudan, para siempre!

Descubrí ser portadora del virus de la HCV en junio de 2004. Había acabado de jubilarme (maestra) profesión que amaba. Pero últimamente, me sentía extrañamente cansada. Me puse contenta en poder descansar y tenía muchos planes en mi cabeza.

Durante una cirugía de hernia de hiato el médico, gastroenterólogo, atento, constató que mi hígado presentaba alteraciones en color y textura. Fue retirado material para biopsia, que acusó hepatitis C viral en discreta actividad. (Actividad inflamatoria grado 2 y grado de fibrosis 3). En exámenes posteriores, hemograma, enzimas hepáticas, etc…los resultados estaban todos alterados.

Hasta ahí, todo era “griego” para mí.

Fui encaminada al infectólogo, profesional humano y competente, que explicó todo lo que podía sobre la enfermedad y que debía hacer el tratamiento rápidamente. Mi caso sería de tratamiento inmediato. Providenció mi encaminamiento al sistema público de salud, los papeles y exámenes necesarios y empezó la espera por las medicaciones.

¿Lo qué sería eso?

Me asusté y pensé: ¡está todo perdido! No voy a conseguir, pues tengo 56 años, alta carga vírica y fibrosis en grado 3. Fui a investigar y me quede más asustada aún. Fui indicada al tratamiento por el SUS, por 48 semanas con el medicamento Pegasys (peginterferon alfa-2a), 180 microgramas semanales, asociado a comprimidos de ribavirina (antiviral), 4 comprimidos al día. Pasé por las fases de pánico y de incredulidad (¿cómo yo tendría eso, si nunca fui usuaria de drogas, no hice tatuajes, no compartí objetos cortantes?)

¡AH! sí, pero yo soy del tiempo de las inyecciones con jeringas esterilizadas en agua hirviendo, en las farmacias, de las pistolas de aplicación de las vacunas en las escuelas, de las manicuras. Hice cirugías, partos… Dios mío…(¡yo me quedaría loca si me prendiese solo a eso, en intentar saber cómo fui infectada!) así fui aceptando, asimilando la idea de que estaba enferma y tendría la chance de tratarme.

Tenía que seguir enfrente, tenía que luchar, amo demás la vida.

Investigué lo que pude, entré a un grupo de apoyo virtual, donde pude cambiar ideas con personas en la misma situación. Leí mucho, anoté qué pasaba conmigo, con los exámenes, comparaba, preguntaba lo que podía al médico: necesitaba saber lo que era aquello, entender, para poder participar mejor del tratamiento.

Los efectos secundarios fueron varios, pero soportables. Adelgacé diez quilos, los lindos cabellos fueron cayendo (¿pero lo qué era eso cerca de la chance de cura?) quedaba extremadamente cansada, emotiva, desalentada, tuve alteraciones del sueño, paladar y otros síntomas.

Los síntomas variaban, de semana para semana, así, en una pasaba bien, ya en la otra, no tanto…

Mudé la alimentación, hábitos. Procuré eliminar todo lo que pudiese agredir el hígado, ya tan sufrido y sobrecargado. Tenía esteatosis, hoy ella ya no existe más. Procuré ayuda en la medicina homeopática y en la acupuntura, que fueron esenciales en el alivio de los síntomas. El tiempo fue pasando… cada etapa vencida a mucho costo.

Aprendí mucho en esa jornada; especialmente, tener el coraje de exponerme, si quisiese ayudar y aprender.

Después de 12 semanas de tratamiento, el resultado del primer examen para saber cómo iban las cosas, (el PCR) dio “indetectado” o ¡negativo!! mis esperanzas se renovaron, me quedé mucho más motivada a continuar el tratamiento. Fuimos enfrente. ¡Conseguí!

Durante el tratamiento todo, fui observando, estudiando, anotando todo qué me interesaba y qué se pasaba. Transformé eso en un libro, (casi terminado…) con el objetivo de poder ayudar un poquito, de ser apenas un canal para otras personas. Pretendo ayudar como fui ayudada y que las personas puedan ver que hay esperanza mismo en las situaciones consideradas graves, desde que todas las providencias puedan ser tomadas a tiempo.

Hoy, 2010, estoy con resultado negativo hace 5 años. Exámenes todos normales, desde los primeros que hice… y con acompañamiento semestral, a través de endoscopia, ecografía y otros exámenes de rutina, para verificación de las condiciones del hígado.

Soy muy agradecida.

Por haber tenido acceso a las informaciones; a un profesional humano, competente; por la oportunidad de haber hecho el tratamiento y logrado suceso y especialmente, por tener salud y alegría en poder colaborar en la divulgación de ésa enfermedad (lo que hago desde que terminé mi tratamiento) que afecta un porcentaje significativo de la población y que todavía gatea en soluciones definitivas para ese extenso problema. Todos tenemos nuestra parte a hacer. Del modo como podamos, con los recursos que tengamos. Todo será válido.

Tenemos el derecho de quedar acomodados, indiferentes o aquejados, pero, una vez que despertamos, no es eso que queremos.

¡Las cosas mudan, para siempre!

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 


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