Isabel Cristina – Brasil

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Preciso contar minha Historia…

O vírus da hepatite C foi descoberto em 1989 como sendo o agente infeccioso. A infecção aguda pelo vírus da hepatite C habitualmente não origina sintomas e, por essa razão, raramente é diagnosticada. A hepatite C tem cura quando a doença é descoberta precocemente. Mas, se ela só for descoberta na fase avançada, que é quando os sintomas da hepatite aparecem, a única chance de cura é a realização de um transplante de fígado. A hepatite C é uma doença silenciosa. O vírus da hepatite C pode permanecer inativo no organismo por mais de 20 anos e o indivíduo não apresentar nenhum sintoma. No Brasil, estima-se que entre 3,3 e 4,5 milhões de pessoas possam estar infectadas com a hepatite C. A maioria dessas pessoas foi infectada antes de 1993, quando não havia controle dos bancos de sangue. A principal contraindicação para quem está com o vírus é não consumir bebidas alcoólicas porque pode acelerar a evolução da doença. Os infectados com a hepatite C não podem doar órgãos ou tecidos.

Quando doei sangue, para meu Pai, em 1998, me disseram que ou meu sangue não foi aceito, eu poderia ter Hepatite C, então eu deveria procurar um medico para fazer exames. Procurei médico em Londrina, porque aqui em Paranavaí não tinha especialista nessa área. E em Maringá, também procurei e não tinha especialista em 2000. E em Arapongas um Chinês que era médico Dr Flavio Jun Kazuma especialista em Infectologia me atendeu, com muita competência.

Me fez muitas perguntas e descobriu que eu peguei essa doença em 1985, num acidente de carro, recebi sangue, que precisei, contaminado porque essa doença não era conhecida, ficou conhecida em 1990. Fez muitos exames, só dava NEGATIVO, depois de tantos exames e não dava nada, fiz um PCR Qualificativo, foi feito em São Paulo, porque por aqui nenhum laboratório fazia, aí deu POSITIVO. Nessa época o medico me avisou que a hepatite C era uma nova doença não tinha cura, o vírus da Hepatite C estava no meu corpo, quando ele fosse para o meu fígado eu morreria, com a hepatite C e junto com a Hepatite C viria o câncer, no fígado, junto com a doença. Ele me pediu que não bebesse mais e em cada 3 meses, eu fazia exame de TGO e TGP e TAP, para que ele observasse o desenvolvimento da hepatite C. Comecei essa luta com meu exame dando sempre baixo, NEGATIVO, de 2001 a 2010. Mas no mês de janeiro de 2004 surgiu um medico dessa área em Maringá, contei minha historia para ele e continuei fazendo os exames necessários para verificar o desenvolvimento da hepatite C.

No ano de 2007 surgiu aqui em Paranavaí a Drª Gislaine Erédia, , é uma ESPECIALISTA em Infectologia e tratava de hepatite C em Paranavaí e na região. Meu tratamento com ela continuou, fazendo os exames de sangue e percebeu que estava precisando fazer outros exames. Eu fiz, com a Dra 3 Biópsia no fígado, para verificar tudo, e a cada ano deu sempre NEGATIVO. mas a medica percebia pelos exames de sangue que a hepatite estava se manifestando no fígado.

Depois de ter passado pela CIRURGIA DE ANEURISMA, no começo do ano de 2010, quando cheguei da cirurgia que havia ficado na UTI por 13 dias, passei pela Drª Gislaine para continuar meu tratamento de Hepatite C, e ela marcou uma nova Biópsia no fígado. Fiz chegou o resultado em OUTUBRO de 2010, e o resultado foi POSITIVO. Quando conheci a doença em 2000, ela não tinha cura, agora a doença já tinha tratamento teria que tomar RIBAVIRINA, e INTERFERON, soube tudo pela Dra Gislaine que me falou sobre o site HEPATO.COM. sempre com informações.

Antigamente, quando comecei os exames sobre a hepatite C em 2001, eu teria que me separar das pessoas, para não passar para elas a doença. HOJE com essa doença, eu já sabia pela Dra que eu não passaria dessa forma para os outros, poderia trabalhar, ter contatos com todas as pessoas, a ciência médica evoluiu nesse tempo. Perguntei para a médica “se alguém entrar em contato comigo essa pessoa pega Hepatite C? ” Ela disse que: Não ocorre transmissão do vírus C por meio de abraços, beijos, ou pelo compartilhamento de pratos, copos, talheres ou roupas. “A pessoa que receber seu sangue, daí ela pode pegar a Hepatite C”. Soube da doença e tomei muitos cuidados e estou tomando até hoje.

Tive muitas reações durante o tratamento, os efeitos são: Perda de cabelo, caiu um pouco. Depressão, ansiedade, dificuldade de concentração, apatia, transtornos do sono, irritabilidade. Fadiga física como intelectual. É normal a perda de peso. Perda do sabor dos alimentos. Baixa imunidade. A anemia bem forte. A pele seca. Formigamento. Febre, calafrios e dor de cabeça. Queda no numero de plaquetas. Dor nas juntas. Pele seca. Tosse permanente. Náusea e vomito.

Fiz esse tratamento de 2010 a 2011, um ano e meio de tratamento e não consegui a cura. A medica pediu para eu descansar um pouco depois de 6 meses eu voltaria a recomeçar o tratamento com o sangue um pouco melhor.

De 2012 e 2013 fiz por um ano e três messes o tratamento de novo, tive bem mais forte os diversos efeito do tratamento no mês de maio, junho e julho fiquei internada na Santa Casa pela Dra Gislaine, tive que tomar 3 bolsas de sangue a medica que através dos exames de sangue percebia a baixa hemoglobina, e o hematócrito.

Quero através dessa historia agradecer o SUS, que muita gente fala que é ruim. Mas soube que o tratamento para essa doença surgiu quando o Ministério Público Federal implantou no Sistema Único de Saúde (SUS) fornecer a quantidade necessária de medicamentos aos pacientes com hepatite C crônica.

Não havia e não tem vacina para a Hepatite C. Quando detectada precocemente, a doença tem tratamento, gratuito através do SUS. Em média esse tratamento leva no mínimo, 48 semanas e são utilizados associados os medicamentos Interferon e Ribavirina. O SUS criou o programa do governo para as pessoas que tem hepatite C que desenvolve ações de promoção da saúde, prevenção, diagnóstico, vigilância epidemiológica e sanitária da hepatite viral C, acompanhamento e tratamento dos portadores da hepatite viral C detectados e inseridos no Programa. O SUS me forneceu os medicamentos que são muito caros. Li que em média uma pessoa gastaria por mês R$3.200,00 para o tratamento. Multiplicado por 12 meses, que é o prazo do tratamento, o custo total sairia por cerca de R$ 38.400,00.

A chance de cura varia de 50% a 80% dos casos, a depender do genótipo do vírus, a Dra através de exames me disse que meu genótipo é 1A, considerado o mais difícil de curar. Para o tratamento ter sucesso não deve ser ininterrupto. Hoje convivo com uma síndrome do pânico, provocados pelo tratamento da Hepatite C. Apesar de tudo isso me sinto bem e estou feliz, por saber que posso encontrar um dia a cura para essa doença.

Quero deixar meu agradecimento a Dra Gislaine Erédia Araujo, aqui de Paranavaí, uma excelente infectologista no tratamento que recebi, sempre me deixou sabendo de todo o tratamento que estava recebendo e os efeitos que aconteceria durante o tratamento. No nosso ultimo encontro me informou que duas novas medicações para tratar a hepatite C podem elevar as chances de cura dos pacientes com a forma mais agressiva da doença. As substâncias, novas serão o Telaprevir e o Boceprevir, estão sendo ministradas com o Interferon e a Ribavirina para tratar pacientes infectados com o subtipo 1A do vírus Hepatite C Viral, o meu genótipo. Deixo aqui declarado que o tratamento recebido pela Dra Gislaine foi muito HUMANO, fui tratada por ela como uma pessoa que necessita de cuidados. Com muito respeito e sinceridade, que recebi dela, não vi Ela apenas como uma Médica e sim como uma pessoa que me proporcionava muita atenção a minha saúde. A Dra Gislaine uma medica com uma excelente preparação de conhecimentos médicos, esta sempre baseada no respeito, no carisma, na compaixão!

Carlos Varaldo
www.hepato.com
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