Porque após o tratamento da hepatite C alguns pacientes engordam?

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Reportagem do jornal “The New York Times” pode ajudar a entender porque após o tratamento da hepatite C alguns pacientes, não todos, aumentam de peso apesar de manter a mesma alimentação e atividades físicas que realizavam antes do tratamento.

A reportagem mostra que existem medicamentos que, em algumas pessoas, podem causar um aumento de peso. Entre esses medicamentos estão os utilizados para transtornos psiquiátricos, alguns utilizados para controle da diabetes, outros para transtornos compulsivos, betabloqueadores para reduzir a pressão sanguínea e diminuir o ritmo cardíaco, e esteroides para suprimir o sistema imunológico, por exemplo. Também algumas doenças causam aumento de peso como o hipotireoidismo e o aumento do hormônio cortisol (Síndrome de Cushing).

O fato do aumento de peso somente acontecer em alguns pacientes é o mesmo que acontece com os regimes de emagrecimento. Duas pessoas com o mesmo peso, a mesma idade, a mesma situação socioeconômica, da mesma raça e do mesmo gênero, e sem embargo o tratamento para emagrecimento funciona em somente um deles.

Pesquisadores encontraram mais de 25 genes relacionados a obesidade e possuem efeitos tão potentes que se um tem alguma mutação a pessoa certamente se tornará obesa.

MEUS COMENTÁRIOS

Provavelmente os efeitos dos medicamentos para tratamento da hepatite C por serem altamente potentes possam alterar algum gene dos que controlam o aumento de peso em alguns pacientes.

Se isso se confirmar estará descoberto porque os novos medicamentos de uso oral livres de interferon, os chamados medicamentos de ação direta para tratamento da hepatite C, também provocam após o tratamento um aumento de peso em alguns pacientes, aumentando a lista acima que foi relatada na reportagem.

Esta é uma suposição minha já que o artigo nada fala sobre os medicamentos de hepatite C.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Resumo adaptado de texto de Kayana Szymczak para The New York Times – Dezembro 24, 2016

Carlos Varaldo
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