Um índice de massa corporal elevado (IMC) está associado a um risco aumentado de doença hepática grave. Não está claro se este risco difere entre as categorias de IMC e se a associação é parcialmente atribuída ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 (DM2).
Estudo publicado na “Hepatology” utilizando dados de prontuários clínicos entre 1969 e 1996 de mais de 1,2 milhões de homens suecos analisou o atendimento hospitalar e mortalidade em hepatopatia grave e incidência de câncer de fígado em todas as faixas do índice de massa corporal elevado IMC, usando IMC entre 18,5 e 22,5 kg / m 2 como referência.
Foram encontrados 5.281 casos de doença hepática grave incluindo 251 casos de câncer de fígado. Foi observada associação com doença hepática grave para o excesso de peso. O desenvolvimento de diabetes tipo 2 aumentou ainda mais o risco de doença hepática grave em todas as faixas de IMC, por exemplo, homens com obesidade e diabetes tipo 2 apresentaram maior risco de hepatopatia grave com 3,28% contra 2,27% em obesos sem diabetes.
Concluem os pesquisadores que um índice de massa corporal elevado nos adolescentes foi associado com um risco aumentado de futura doença hepática grave, incluindo câncer de fígado. O desenvolvimento de diabetes tipo 2 nos pacientes durante o acompanhamento do estudo esteve associado a um risco aumentado de doença hepática grave, independente do grau de obesidade.
IMPORTANTE
– Sobrepeso e obesidade está aumentando em prevalência em todo o mundo.
– Um índice de massa corporal elevado (IMC) está associado a um risco aumentado de futura doença hepática grave e câncer de fígado em adultos.
– Um alto IMC também aumenta o risco de diabetes tipo 2 que por sua vez está associada a um aumento do risco de doença hepática grave.
Quais são as novas descobertas?
– O IMC elevado no final da adolescência está associado a uma futura doença hepática grave numa relação não linear.
– Este risco é ainda maior nos homens que também desenvolvem diabetes tipo 2, mas também são relevantes em homens que não desenvolvem diabetes.
– O IMC elevado no final da adolescência também está associado a um risco aumentado de câncer no fígado.
Carlos Varaldo
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