O tratamento atual da hepatite B requer uma terapia prolongada, na maioria das vezes pelo resto da vida.
Novas drogas que inibem a entrada do vírus na célula, inibem a replicação viral, outras que estudam tratamentos moduladores e imunológicos estão em fases diversas de pesquisas pela comunidade científica.
Mas introduzir um novo medicamento para tratamento da hepatite B requer uma avaliação rigorosa da eficácia e segurança desse tratamento e, por tanto, as agencias reguladores definem as diretrizes e pontos que devem ser observados nos ensaios clínicos.
Um passo importante foi dado em setembro de 2016 em Estados Unidos quando um grupo de expertos e representantes de agências reguladoras realizou um workshop para desenvolver um consenso para orientar o desenho dos ensaios clínicos das drogas para hepatite B.
O consenso entre os participantes é que uma cura esterilizante completa do vírus no organismo, ou seja, a erradicação viral, é improvável que seja viável em médio prazo. Em vez disso, uma cura funcional caracterizada pela perda prolongada do antígeno de superfície da hepatite B com ou sem a soro conversão de anticorpos de superfície e que esteja associada a melhores resultados clínicos em um maior número de infectados do que atualmente alcançado com os tratamentos existentes, é um objetivo viável.
A combinação dos tratamentos antivirais, atuais ou em desenvolvimento, com drogas moduladoras do sistema imune provavelmente será necessária para se obter a cura funcional da hepatite B.
Mas antes será necessário ter total segurança nessas prováveis combinações, dada a excelente segurança dos tratamentos aprovados atualmente (tenofovir e entecavir).
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Hepatitis B cure: From discovery to regulatory approval – Review – Anna S. Lok, Fabien Zoulim, Geoffrey Dusheiko, Marc G. Ghany – J Hepatol. 2017 Jul 21. pii: S0168-8278(17)32017-2.
Carlos Varaldo
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