Protocolo de Tratamento para Hepatite C e coinfecções 2017

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O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Hepatite C e Coinfecções no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) foi aprovado na segunda-feira , dia 4 de setembro.

O novo PCDT amplia o acesso ao tratamento aos pacientes com hepatite C crônica com Metavir F2, independentemente do tempo de diagnóstico do grau do comprometimento hepático, e às pessoas com hepatite autoimune, hemofilia e outras caogulopatias hereditárias.

Outras novidades são a ampliação do tempo de tratamento com os medicamentos sofosbuvir e daclatasvir de 12 para 24 semanas em pacientes com hepatite C crônica genótipo 3 com cirrose.

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Hepatite C e Coinfecções é encontrado em http://www.aids.gov.br/system/tdf/pub/2017/64644/pcdt_hcv_web.pdf?file=1&type=node&id=64644&force=1

O tratamento passa a ser dado a infectados com:

– Resultado da fibrose com METAVIR F3 ou F4 , que pode ser comprovado por APRI/FIB-4, biópsia ou elastografia hepática;

– Evidências de cirrose (varizes de esôfago, ascite, alterações da morfologia hepática compatíveis com cirrose) (AASLD; IDSA, 2016);

– No caso de Fibrose F2 o resultado deve ser por Biópsia hepática ou elastografia hepática, não se aplicando o resultado por APRI/FIB-4;

-Na ausência de doença hepática moderada a avançada, o tratamento da hepatite C está indicado para os pacientes com diagnóstico de hepatite C crônica incluídos nas situações abaixo:

– Coinfecção pelo HIV;

– Coinfecção pelo HBV;

– Manifestações extra-hepáticas com acometimento neurológico motor incapacitante, porfiria cutânea, líquen plano grave com envolvimento de mucosa;

– Crioglobulinemia com manifestação em órgão-alvo (glomerulonefrite, vasculites, envolvimento de olhos, pulmão e sistema nervoso periférico e central);

– Poliarterite nodosa;

– Insuficiência renal crônica avançada (depuração de creatinina inferior ou igual a 30 mL/min);

– Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI);

– Pós-transplante de fígado e de outros órgãos sólidos;

– Linfoma, gamopatia monoclonal, mieloma múltiplo e outras doenças hematológicas malignas; ›

– Hepatite autoimune;

– Hemofilia e outras coagulopatias hereditárias;

– Hemoglobinopatias e anemias hemolíticas.

MEUS COMENTÁRIOS

1 – Ainda hoje deve estar a integra do Protocolo na página do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das de IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. Assim que estiver enviaremos no mailing com o respetivo link para acessar o Protocolo.

2 – Em relação aos medicamentos chegarem aos pacientes, isso poderá demorar entre 30 e no máximo 60 dias, acontecendo em outubro, já que os contratos de compra foram assinados semana passada, os medicamentos chegam desde o exterior, uma vez na Alfandega a ANVISA deve inspecionar se tudo está conforme para poder liberar, daí vão para o deposito do ministério da saúde quando então são separados e enviados aos depósitos centrais dos estados para esses então realizar a entrega aos pacientes.

3 – Devemos dar parabéns e felicitar todos os integrantes do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das de IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, aos pessoal da CONITEC e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, que após o anuncio do ministro da saúde, Dr. Ricardo Barros prometendo em 27 de julho incluir a Fibrose F2, em somente 30 dias conseguiram a modificação do protocolo, a aprovação e a publicação do mesmo.

O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Hepatite C e Coinfecções é encontrado em http://www.aids.gov.br/system/tdf/pub/2017/64644/pcdt_hcv_web.pdf?file=1&type=node&id=64644&force=1

Carlos Varaldo
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