Nos Estados Unidos farmacêuticos de cuidados primários estão realizando o tratamento da hepatite C em pacientes sem cirrose, aumentado o número de pacientes tratados com resultados comparáveis aos especialistas em fígado.
Para melhorar o acesso, os farmacêuticos de cuidados primários da associação dos veteranos de guerra foram treinados para tratar pacientes com hepatite C sem cirrose.
O infectado com hepatite C é primeiramente avaliado por um médico especialista (hepatologista, infectologista ou gastroenterologista) o qual ao verificar se tratar de um paciente sem cirrose e sem complicações clínicas indica qual regime de tratamento utilizando os medicamentos livres de interferon é o indicado para esse paciente.
Os pacientes com complicações como cirrose mantiveram seus cuidados com o farmacêutico clínico especialista ou hepatologista. Todos os pacientes com genótipo 1 não complicados tratados com regimes livres de interferon foram encaminhados para os farmacêuticos de cuidados primários. v A cura dos 52 infectados com hepatite C tratados pelos farmacêuticos de cuidados primários alcançou 98% e nos 62 tratados pelos médicos especialistas a cura foi de 100%.
Concluem os autores que os resultados obtidos quando os pacientes sem cirrose são tratados por farmacêuticos de cuidados primários são similares, sem diferença estatística significante, que quando tratados por médicos especializados, e os sistemas de saúde podem efetivamente tratar um maior número de pacientes com hepatite C utilizando farmacêuticos clínicos treinados na atenção primária com o apoio adequado de especialistas.
MEU COMENTÁRIO
Nos Estados Unidos já é uma realidade onde enfermeiros que passam por uma rápida capacitação realizem o tratamento de infectados com hepatite C sem cirrose. Com isso foi possível levar tratamento ao interior do país.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Utilization of Patient-Aligned Care Teams (PACT) clinical pharmacists in the primary care setting to treat and monitor non-cirrhotic patients receiving direct-acting antiviral (DAA) therapy – Macy Ho, Jennifer Fong, Thuong PH Tran, Rachel Gonzalez, Suna Chung, Michael Ascari, Ivy Tonnu-Mihara, Richard Cavallaro, Timothy R. Morgan – The Liver Meeting® 2017″ – Abstract 21.
Carlos Varaldo
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