[:pb]Posicionamento da Sociedade Brasileira de Infectologia contra o Retrocesso no Plano de Eliminação da Hepatite C [:es]Posicionamiento de la Sociedad Brasileña de Infectología contra el Retroceso en el Plan de Eliminación de la Hepatitis C en Brasil[:]

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[:pb]Segue transcrição integral de texto enviado pela Sociedade Brasileira de Infectologia.

 

À Senhora
DRA. ADELE SCHWARTZ BENZAKEN
Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, Aids e Hepatites Virais
Ministério da Saúde do Brasil
SRTVN Quadra 701, Lote D, Edifício PO700 – 5º andar
CEP: 70719-040 – Brasília/DF

Assunto: Esquemas terapêuticos para hepatite C crônica no Brasil.

Senhora Diretora,

É notório que o Ministério da Saúde do Brasil buscou, sempre que possível, disponibilizar através do Sistema Único de Saúde (SUS), os melhores tratamentos existentes em nível mundial para o tratamento da hepatite C crônica, deixando nada a dever para diretrizes americanas e europeias.

Em março do ano corrente, destacamos o lançamento de um Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) das Hepatites Virais, que permitia o tratamento para todos os pacientes, independentemente do grau de fibrose, e ainda com a incorporação de novos medicamentos, mais modernos e com menos efeitos colaterais.

Ressaltamos também o recém-anunciado plano para a eliminação da doença até 2030, alinhado com as metas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Brasil vem sendo considerado um exemplo na abordagem às hepatites virais, com um grande programa de saúde pública, o que muito nos orgulha.

Porém, na última semana, fomos surpreendidos com a informação de que um grupo de trabalho havia sido convocado com o objetivo de avaliar os esquemas terapêuticos para hepatite C crônica no Brasil. Sabe-se que foi definindo-se pela opção exclusiva de uso somente dos antivirais sofosbuvir (medicamento genérico) e daclatasvir para os pacientes virgens de tratamento, contrariando-se o PCDT em vigência e amplamente discutido previamente à sua publicação, retornando-se ao que se preconizava no documento de 2015, ou seja, três anos atrás. Entendemos que, se buscamos a eliminação da doença, é necessário avançar nas tecnologias em busca da simplificação do tratamento, com esquemas pangenotípicos e de duração mais curta.

Estamos sendo continuamente questionados por diversos especialistas em relação a esse tema, destacando-se alguns tópicos, como: qual a garantia de bioequivalência do medicamento sofosbuvir genérico produzido? Existe alguma estratégia planejada em caso de descontinuidade de produção do daclatasvir pela BMS, sem prejuízo aos pacientes, já que não temos esse medicamento genérico? Como agir diante de nossos pacientes com tratamentos já prescritos, após a publicação de um PCDT há poucos meses? E não temos essas respostas!

A fim de podermos dirimir quaisquer dúvidas, sugerimos a convocação extraordinária do Comitê Técnico Assessor em Hepatites Virais, considerando-se seu caráter consultivo, para que possamos compreender melhor a relevante situação. Estamos ao seu dispor para deliberarmos sobre o tema, com total interesse em contribuir ativamente das ações desenvolvidas por este respeitado Departamento, tendo como objetivo sempre o bem de nossos pacientes.

Certo de contarmos com sua valiosa compreensão, agradecemos desde já.

Subscrevemo-nos

Respeitosamente,

Dr. Sergio Cimerman

Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia

 [:es]Sigue transcripción integral de texto enviado por la Sociedad Brasileña de Infectología.

A la Señora
Dra. ADELE SCHWARTZ BENZAKEN
Departamento de Vigilancia, Prevención y Control de las EST, SIDA y Hepatitis Víricas
Ministerio de la Salud de Brasil
SRTVN Cuadra 701, Lote D, Edificio PO700 – 5º piso
CEP: 70719-040 – Brasilia/DF

Asunto: Esquemas terapéuticos para hepatitis C crónica en Brasil.

Señora directora,

Es notorio que el Ministerio de la Salud de Brasil buscó, siempre que posible, entregar a través del Sistema Único de Salud (SUS), los mejores tratamientos existentes en nivel mundial para el tratamiento de la hepatitis C crónica, dejando nada a deber para directrices americanas y europeas.

En marzo del año corriente, destacamos el lanzamiento de un Protocolo Clínico y Directrices Terapéuticas (PCDT) de las Hepatitis Víricas, que permitía el tratamiento para todos los pacientes, independientemente del grado de fibrosis, y aún con la incorporación de nuevos medicamentos, más modernos y con menos efectos secundarios.

Resaltamos también el recién-anunciado plan para la eliminación de la enfermedad hasta 2030, aliñado con las metas de la Organización Mundial de la Salud (OMS).

Brasil viene siendo considerado un ejemplo en el abordaje a las hepatitis víricas, con un grande programa de salud pública, qué mucho nos orgulla.

Sin embargo, en la última semana, fuimos sorprendidos con la información de que un grupo de trabajo había sido convocado con el objetivo de evaluar los esquemas terapéuticos para hepatitis C crónica en Brasil. Se sabe que fue definiéndose por la opción exclusiva de uso solamente de los antivirales sofosbuvir (medicamento genérico) y daclatasvir para los pacientes vírgenes de tratamiento, contrariándose el PCDT en vigencia y ampliamente discutido antepasadamente a su publicación, regresándose a lo que se preconizaba en el documento de 2015, o sea, tres años atrás. Entendemos qué, si buscamos la eliminación de la enfermedad, es necesario avanzar en las tecnologías en busca de la simplificación del tratamiento, con esquemas pan genotípicos y de duración más corta.

Estamos siendo continuamente cuestionados por diversos especialistas con relación a ese tema, destacándose algunos tópicos, como: ¿Cuál la garantía de bioequivalencia del medicamento sofosbuvir genérico producido? ¿Existe alguna estrategia planeada en caso de discontinuidad de producción del daclatasvir por la BMS, sin perjuicio a los pacientes, ya que no tenemos ese medicamento genérico? ¿Cómo actuar delante de nuestros pacientes con tratamientos ya prescritos, después de la publicación de un PCDT hace pocos meses? ¡Y no tenemos esas respuestas!

A fin de poder dirimir cualesquiera dudas, sugerimos la convocación extraordinaria del Comité Técnico Asesor en Hepatitis Víricas, considerándose su carácter consultivo, para que podamos comprender mejor la relevante situación. Estamos a su disponer para que deliberemos sobre el tema, con total interés en contribuir activamente de las acciones desarrolladas por éste respetado Departamento, teniendo como objetivo siempre el bien de nuestros pacientes.

Cierto de que contaremos con su valiosa comprensión, agradecemos desde ya.

Respetuosamente,

Dr. Sergio Cimerman

Presidente de la Sociedad Brasileña de Infectología

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