O Ministério da Saúde acaba de realizar um pregão para compra de 13.000 tratamentos para hepatite C ao preço de 2.505.- dólares por tratamento de 12 semanas. O menor preço foi o ofertado por um sofosbuvir (medicamento genérico) combinado com outro medicamento, o daclatasvir.
Foi um pregão aparentemente direcionado. Primeiro foi decretada inexigibilidade de licitação do daclatasvir e feita a compra (o tratamento é a combinação do sofosbuvir com o daclatasvir), então no pregão somente o sofosbuvir poderia participar, excluindo os outros quatro tratamentos registrados no Brasil e constantes no protocolo de tratamento do ministério.
Aqui aparece a questão que ninguém conseguirá explicar.
Com o mesmo valor pago pelos 13.000 tratamentos de primeira geração comprados a 2.505 dólares, por um total de 32 milhões de dólares, seria possível comprar 21.700 tratamentos com Epclusa (1.506 dólares por tratamento), medicamento de terceira geração ou até 31.700 tratamentos para o genótipo que afeta 75% dos infectados, com um medicamento de segunda geração, o Zepatier (1.023 dólares por tratamento), mas esses medicamentos foram excluídos do pregão.
Parece estranho que no final do governo isso esteja acontecendo no enfrentamento da hepatite C.
Alguém consegue me explicar o que pode estar acontecendo?
Porque eu, dentro da minha santa ignorância, não consigo entender.
Carlos Varaldo
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