[:pb]ALERTA! – Plano de Eliminação da Hepatite C em 2030[:es]¡ALERTA! – Plan de eliminación de la hepatitis C para 2030 en Brasil[:]

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Possíveis problemas enfrentados em 2019

Conforme escrevi semana passada estou confiante em que Brasil vai atingir a meta 90-90-90 estabelecida pela Organização Mundial da Saúde para eliminação da hepatite C em 2030.

Mas analisando dados publicados pelo Ministério da Saúde no Boletim Epidemiológico 2019 divulgado semana passada uma ponta de preocupação e inquietação passou a me perturbar, provocando então um alerta sobre os dados encontrados no Boletim a todos, que faço extensivo aos responsáveis pelo “Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis“, as coordenações de hepatites dos estados e municípios, as sociedades médicas, a sociedade civil e aos fabricantes de medicamentos, o comprometimento na procura dos infectados deve ser de todos. Mas a iniciativa de convocar todos depende do “Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis”.

Como escreveu Luís Câmara Cascudo, “Não existem problemas, apenas soluções adiadas”, sabemos o que deve ser feito, mas é necessário que seja feito.

1 – Preocupação com os testes rápidos em 2019

Não sei como vai poder ser cumprida a meta de realizar 13.9 milhões de testes rápidos em 2019, um aumento de cinco milhões sobre os distribuídos em 2018.

Ao observar a distribuição aos estados nos primeiros cinco meses do ano e ao comparar com o mesmo período de 2018 vemos que o número de testes distribuídos é o mesmo, inclusive até 15.000 testes a menos.

Até maio de 2019 foram distribuídos 2.893.500 testes aos estados, contra 2.909.125 no mesmo período de 2018, mantendo a média de aproximadamente 600.000 testes mensais.

A previsão do Departamento para 2019 é distribuir 13,9 milhões, assim, ainda faltariam enviar nos sete meses restantes 11 milhões de testes e considerando a distribuição mensal, hoje em pouco menos de 600.000 por mês até maio, deveria passar a ser de  1.572.000 a cada mês.

É óbvio que será impossível quase triplicar o envio e, mais difícil ainda, a realização desses testes estando já no segundo semestre do ano.

2 – Notificações dos casos positivos

Um quadro pior apresenta a notificação dos casos positivos. Em 2018 sobre os 8,9 milhões de testes distribuídos teve somente 26.167 notificações de casos positivos, o que daria uma prevalência de somente 0,29%, menos da metade da estimativa oficial.

Se a prevalência estimada é de 0,7% deveríamos ter encontrado uns 62.000 infectados, não somente 26.167.

É necessário considerar que testes podem ser perdidos ou inutilizados e isso diminui o número de casos notificados, mas também não podemos deixar de considerar que muitos pacientes já curados ao saber que estão realizando testes procuram o local para realizar o teste, acreditando que deverá dar indetectável, mas por ser uma teste de anticorpos o resultado será positivo, aumentando assim a quantidade de prováveis infectados nessa testagem feita na rua ou em shoppings, pois não existe como se certificar se tal paciente foi tratado.

Podemos considerar que não se notifica ou, o que seria ainda pior, tem casos positivos que não estão tendo indicação de tratamento.  Vale lembrar que para poder receber os medicamentos é obrigatória a notificação.

Fica aqui a pergunta:  Quem é o culpado nesta história de não notificar?  É necessário encontrar onde está a falha e encontrar uma solução.

Em relação a testes na rua, shoppings, clubes ou outros locais deveria ser proibido serem realizados sem participação da secretaria municipal da saúde e da coordenação de hepatites local, pois o caso positivo não pode ser abandonado informando somente para procurar uma unidade de saúde. Cada caso positivo deve ser notificado e já deve ser imediatamente encaminhado pela secretaria municipal da saúde para exames e se necessário tratamento.

3 – Quem pode assinar o laudo dos testes rápidos?

Para assinatura dos laudos, os conselhos profissionais regionais devem ser consultados, uma vez que são eles que habilitam os profissionais para assinatura do laudo. O Departamento não restringe a emissão de laudos a nenhuma categoria profissional.

4 – Quem pode realizar o Teste Rápido?

Qualquer profissional pode realizar o teste rápido, desde que tenha sido capacitado presencialmente ou à distância.

Segundo o Parecer Nº 259/2016 do Conselho Federal de Enfermagem o enfermeiro tem competência técnica e legal para a realização do exame, aconselhamento pré-teste e pós-teste rápido para diagnostico de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, emissão de laudo, realização ou solicitação de exame para confirmação diagnostica, encaminhamentos, agendamentos e eventos que necessitem de sua supervisão ou orientação.

Os testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais são metodologicamente equiparáveis a outros testes já realizados pelas equipes da Atenção Básica, como, por exemplo, o teste de glicemia.

O Técnico e/ou auxiliar de enfermagem devidamente treinado e sob a supervisão do enfermeiro pode realizar teste rápido para triagem do HIV, Sífilis e Hepatites Virais, encaminhando prontamente para o enfermeiro, os pacientes com resultado reagente. Não podendo emitir laudo, que é privativo do enfermeiro ou profissional de nível superior.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com

IMPORTANTE: Os artigos se encontram em ordem cronológica. O avanço do conhecimento nas pesquisas pode tornar obsoleta qualquer colocação em poucos meses. Encontrando colocações diversas que possam ser consideradas controversas sempre considerar a informação mais atual, com data de publicação mais recente.

Carlos Varaldo e o Grupo Otimismo declaram não possuir conflitos de interesse com eventuais patrocinadores das diversas atividades.

Aviso legal: As informações deste texto são meramente informativas e não podem ser consideradas nem utilizadas como indicação médica.
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Posibles problemas enfrentados en 2019

Como escribí la semana pasada, estoy seguro de que Brasil alcanzará la meta de la Organización Mundial de la Salud de 90-90-90 para eliminar la hepatitis C en 2030.

Pero al analizar los datos publicados por el Ministerio de Salud en el Boletín Epidemiológico 2019 publicado la semana pasada, una punta de preocupación e inquietud comenzó a perturbarme, provocando una alerta sobre los datos encontrados en el Boletín que hago extensivo a todos los responsables del “Departamento de Enfermedades Crónicas e Infecciones de transmisión sexual”, a las coordinaciones de hepatitis de estados y municipios,  a las sociedades médicas, a la sociedad civil y a los fabricantes de medicamentos, el compromiso en la procura por los infectados debe ser de todos.

Como escribió Luís Camara Cascudo (escritor brasileño muerto em 1986), “No existen problemas, apenas soluciones postergadas”, sabemos lo que debe ser hecho, más es necesario que sea hecho.

1 – Preocupación por las pruebas rápidas en 2019

No sé cómo se puede cumplir el objetivo de realizar 13,9 millones de pruebas rápidas en 2019, un aumento de cinco millones sobre las distribuidas en 2018.

Al observar la distribución a los estados en los primeros cinco meses del año y comparar con el mismo período de 2018, vemos que la cantidad de pruebas distribuidas es la misma.

Hasta mayo de 2019, se distribuyeron 2.893.500 pruebas a los estados, contra 2.909.125 en el mismo período de 2018, manteniendo un promedio de aproximadamente 600.000 pruebas mensuales.

La meta del Departamento para 2019 es distribuir 13,9 millones, entonces faltan enviar 11 millones de pruebas durante los siete meses restantes y considerando la distribución mensual, ahora de poco menos de 600.000 por mes para mayo, debería ser de 1.572.000. todos los meses restantes.

Obviamente, será imposible triplicar la distribución y aún más difícil realizar estas pruebas ya que estamos en la segunda mitad del año.

2 – Notificaciones de casos de positivos

Una imagen peor presenta la notificación de los casos positivos. En 2018, de los 8,9 millones de pruebas distribuidas, solo hubo 26.167 notificaciones de casos positivos, lo que daría una prevalencia de solo 0,29%, menos de la mitad de la estimación oficial.

Si la prevalencia estimada es del 0,7%, deberíamos haber encontrado unos 62.000 infectados, no solo 26.167.

Es necesario considerar qué pruebas pueden ser perdidas o inutilizadas y esto disminuye el número de casos notificados, pero también no podemos dejar de considerar que muchos pacientes que ya se curaron al enterarse de que están realizando pruebas procuran el lugar para realizar la prueba, creyendo que el resultado debería ser indetectable, pero por ser una prueba. de los anticuerpos, los resultados serán positivos, aumentando así el número de posibles infectados en esta prueba realizada en la calle o en los centros comerciales, porque no hay forma de asegurarse de que dicho paciente haya sido tratado.

Podemos considerar que no se informa o, lo que es peor, hay casos positivos que no están indicados para el tratamiento. Es necesario alertar que para poder recibir los medicamentos se requiere obligatoriamente la notificación.

En relación con las pruebas en la calle, en centros comerciales, en clubes u otros lugares, se debe prohibir que se realice sin la participación del departamento de salud estatal y la coordinación local de hepatitis, ya que el caso positivo no se puede abandonar informando solo para buscar una unidad de salud. Cada caso positivo debe ser obligatoriamente notificado y el paciente debe ser encaminado inmediatamente por la coordinación de hepatitis para su examen y tratamiento si es necesario.

3 – ¿Quién puede firmar la notificación de pruebas rápidas?

Para firmar los informes, se debe consultar a los consejos profesionales regionales, ya que son los que permiten a los profesionales firmar el informe. El Departamento no restringe la emisión de informes a ninguna categoría profesional.

4 – ¿Quién puede realizar la prueba rápida?

Cualquier profesional puede realizar la prueba rápida, siempre que haya sido entrenado en persona o a distancia.

De acuerdo con la Nota Nº. 259/2016 del Consejo Federal de Enfermería, la enfermera tiene competencia técnica y legal para realizar el examen, el asesoramiento previo a la prueba y la prueba posterior rápida para el diagnóstico de VIH, sífilis y hepatitis viral, informe de emisión, desempeño o solicitud de examen para confirmación de diagnóstico, referencias, programación y eventos que requieren su supervisión u orientación.

Las pruebas rápidas para VIH, sífilis y hepatitis viral son metodológicamente comparables a otras pruebas ya realizadas por los equipos de Atención Primaria, como la prueba de glucosa en sangre.

El técnico y / o asistente de enfermería debidamente capacitado y bajo la supervisión de la enfermera puede realizar la prueba de detección rápida de VIH, sífilis y hepatitis viral, remitiendo rápidamente a los pacientes con resultados positivos a la enfermera. No pudiendo emitir el laudo, que es privativo para la enfermera o profesional de nivel superior.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com 

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