As propriedades regenerativas do fígado o tornam único entre os órgãos. Pesquisas contínuas sobre como o fígado repara e regenera oferecem esperança de desvendar aplicações clínicas para tratar alguns dos estados de doença mais desafiadores.
No “The Liver Meeting® 2019” acontecido em Boston teve uma importante apresentação no “Simpósio de Ciência Básica”, onde foram discutidos os novos conhecimentos e ferramentas disponíveis para estudar a regeneração e a reparação do fígado, além de ajudar a identificar novas abordagens terapêuticas para resgatar e restaurar a função hepática.
O fígado é conhecido por muitas coisas, mas uma das principais coisas é sua poderosa capacidade de regenerar e reparar após uma lesão”, disse o Dr. Xiao-Ming Yin. “Isso é muito fundamental para o fígado, tanto do ponto de vista da biologia básica quanto do ponto de vista clínico”.
A primeira sessão abordou o tópico da regeneração hepática em geral, onde foi falado sobre as vias dos receptores tirosina quinase na regeneração das células do fígado.
A seguir foi discutida a trans-diferenciação nas células hepatócitos-biliares, onde os palestrantes detalharam as pesquisas sobre o fenômeno de como os hepatócitos e os colangiócitos às vezes mudam de papel quando o fígado é prejudicado por uma doença crônica.
Na parte da tarde as apresentações mostraram um olhar sobre o misterioso papel das células progenitoras hepáticas no reparo hepático com quatro oradores revisando as pesquisas mais recentes, incluindo tópicos sobre senescência e autofagia.
Há um argumento de longo prazo sobre como o fígado obtém uma capacidade tão poderosa de regeneração, como isso acontece? Muitas pessoas acreditam que os próprios hepatócitos podem ser células-tronco e sua capacidade de células-tronco será ativada durante uma lesão, mas também há evidências de que outros tipos de células também podem ter algum tipo de capacidade de progenitor ou célula-tronco, o que lhes permite se tornarem hepatócitos ou colangiócitos.
Finalmente foram dadas informações sobre a estrutura de bioengenharia que reúne todos os tópicos anteriores para abordar o problema da escassez de órgãos doadores.
MEU COMENTÁRIO
Os médicos podem duvidar que os temas apresentados tenham aplicação imediata nos pacientes, mas para os cientistas básicos esse é um tópico muito quente por ter várias implicações clínicas.
É assim que avança a medicina!
Carlos Varaldo
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