Quando um indivíduo chega a desenvolver câncer de fígado, algumas células crescem descontroladamente e formam um tumor. Isso pode afetar o funcionamento do fígado afetando a filtragem do sangue e a decomposição dos alimentos.
O câncer de fígado (carcinoma hepatocelular) geralmente causa um tumor que cresce com o tempo. Nos indivíduos com cirrose é provável que o câncer apresente muitos pequenos tumores espalhados por todo o fígado.
O segundo tipo mais comum de câncer de fígado é o câncer de ducto biliar que aparece nos ductos que transportam a bile – um fluido que decompõe os alimentos – para fora do fígado.
ATENÇÃO ESPECIAL: quem curou a hepatite C e no momento do tratamento tinha fibrose avançada ou cirrose corre risco de desenvolver câncer no fígado!
A maioria das pessoas não nota nenhum sinal do câncer de fígado no início. Já quando eles aparecerem, entre outros, alguns dos sinais podem ser:
– Pouca vontade de comer.
– Um incomodo, como se fosse um caroço do lado direito do abdome junto as costelas.
– Pode sentir dor perto do ombro direito.
– Estar com dor de estômago.
– Tem inchaço na barriga.
– Se sentindo cansado e fraco.
– Perda de peso.
– Faz cocô de cor embranquecida e xixi escuro.
– A pele aparece com cor amarelada e também os olhos ficam amarelados.
Existem doenças que podem aumentar a probabilidade de desenvolver câncer de fígado, incluindo:
– Hepatite B ou C.
– Cirrose.
– Doença hepática gordurosa não alcoólica – um acúmulo de gordura no fígado chamada de esteatose. Indivíduos acima do peso, que tem diabetes ou uma doença chamada síndrome metabólica, correm um risco maior de acumular gordura no fígado.
– Doenças hepáticas como a hemocromatose hereditária (quando o excesso de ferro é armazenado no fígado e em outros órgãos).
– Beber muito pode aumentar a probabilidade de chegar ao câncer de fígado.
Se o médico suspeita que o paciente pode ter câncer de fígado, ele pode recomendar:
– Biópsia de fígado para fazer o teste de câncer.
– Exames de sangue para verificar o funcionamento do fígado.
– Solicitar uma ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou angiografia, que é um tipo de raio-X para examinar os vasos sanguíneos.
Existem estágios para avaliar como se encontra o câncer de fígado:
Estágio I: É quando o tumor que não se espalhou para nenhum outro lugar fora do fígado.
Estágio II: É quando o tumor se espalhou para os vasos sanguíneos, ou também a existência de mais de um tumor, mas todos com tamanhos menores de cinco centímetros.
Estágio III: É quando o tumor que se espalhou para os principais vasos sanguíneos ou órgãos próximos, ou mais de um tumor com pelo menos um deles com tamanho de mais de cinco centímetros.
Estágio IV: O câncer se espalhou para outras partes do corpo, desenvolvendo as chamadas metástases.
O tratamento do câncer de fígado depende do estágio:
1 – Se o câncer não se espalhou e o paciente não tem outros problemas de fígado, um dos tratamentos pode ser a cirurgia para remoção do tumor.
2 – O transplante de fígado é o tratamento ideal, mas isso depende de quanto tempo pode demorar em conseguir uma doação.
3 – Existe o tratamento chamado de ablação que tenta matar as células cancerosas injetando álcool nos tumores para destruí-los.
4 – Também o médico pode congelar as células usando uma sonda para congelar e matar as células tumorais.
5 – Pode ser tratado por calor com micro-ondas que produzem calor suficiente para destruir tumores.
6 – Com a terapia de embolização, uma sonda é inserida pela coxa e na artéria do fígado onde se encontra o tumor e colocada uma substância para bloquear o fluxo sanguíneo que o atravessa e privar o tumor de nutrientes.
7 – As células cancerosas funcionam de maneira diferente das células normais. A terapia direcionada com drogas especificas para atacar as células cancerosas pode impedir que os tumores formem os vasos sanguíneos de que precisam para sobreviver ou pode impedir que as células tumorais se dividam para que não possam crescer.
É possível evitar o câncer de fígado?
Não, mas é possível diminuir as chances de ter câncer de fígado:
– Tomando a vacina contra hepatite B.
– Mantendo um peso saudável por meio da alimentação balanceada e da prática de exercícios.
– Limitando a quantidade de álcool ingerido.
– Não usando drogas ilícitas orais ou injetáveis.
– Sempre praticando sexo seguro.
Carlos Varaldo
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