A importância da dieta nas doenças do fígado

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Interessante pesquisa acaba de ser publicada na revista Hepatology relacionando o tipo de dieta com a possibilidade de desenvolvimento de cirrose ou câncer no fígado. Pesquisadores do Veterans Affairs Puget Sound Health Care System, de Seattle, Estados Unidos, acompanharam 9.221 voluntários durante um período médio de mais de 13 anos, observando seus hábitos de alimentação e o efeito dos problemas que podem acontecer no fígado.

Já é consenso a suspeita que o tipo de alimentação pode influenciar no aparecimento da esteatoses (depósitos de gordura no fígado) acelerando a progressão do dano hepático, em especial em infectados com as hepatites B ou C. Uma dieta inadequada pode levar a obesidade, a resistência a insulina e ao diabete, os quais são os fatores mais importantes para o aparecimento da esteatoses.

Os 9.221 voluntários não estavam infectados com as hepatites B ou C nem possuíam cirrose ao serem incluídos na pesquisa. Durante os mais de 13 anos que durou o acompanhamento dos voluntários, 118 desenvolveu cirrose e 5 câncer no fígado. Estes 123 pacientes apresentavam uma idade maior, eram mais obesos, possuíam um nível educacional menor, a maioria era homem, afro descendente e consumiam um nível maior de álcool.

Os pesquisadores informam que o tipo de dieta era um forte indicador de hospitalização ou morte devido à cirrose ou câncer, sendo que em especial o consumo de proteínas e gorduras (colesterol) aumentava os riscos, já o consumo de carboidratos estava associado com um menor risco de hospitalização ou desenvolvimento de cirrose ou câncer no fígado.

A associação com as gorduras que aumentam o colesterol foi o achado mais importante descoberto pela pesquisa. Sempre o colesterol estava relacionado a doenças não relacionadas ao fígado, como a arteriosclerose, mas nunca antes tinha sido relacionado com o dano causado no fígado, motivo pelo qual os pesquisadores recomendam que deveriam ser realizados estudos sobre os benefícios que os medicamentos que reduzem o colesterol poderiam ter sobre a formação da esteatoses.

MEUS COMENTÁRIOS SOBRE OS CARBOIDRATOS

O estudo mostra que o consumo de carboidratos deveria ser maior e o consumo de proteínas e gorduras mais controlado. Os carboidratos devem compor até 60% do total diário de calorias consumidas na alimentação.

Os carboidratos são substâncias orgânicas também chamadas de hidratos de carbono. Os açúcares, como a glicose, a frutose e a sacarose são os carboidratos mais conhecidos.

Os alimentos ricos em carboidratos produzem a energia necessária para o funcionamento do organismo de quase todos os seres vivos. É com a energia obtida dos carboidratos que temos força para trabalhar, correr, andar e também brincar, etc. A energia dos carboidratos é importante para manter nossa temperatura estável. Por isso, os alimentos ricos em carboidratos são chamados alimentos combustíveis.

Entre os alimentos ricos em carboidratos temos os cereais, pães, farinhas, mandioca e batata, doces, frutas, macarrão, arroz, biscoitos, etc.. Vegetais, frutas, grãos e cereais também são ricos em carboidratos.

Os carboidratos que devem ser evitados são os açúcares, pois são ricos em calorias, não podem ser consumidos por diabéticos e são quase destituídos de nutrientes.

IMPORTANTE: O carboidrato ingerido em excesso tem que ser eliminado principalmente através de exercícios físicos, caso contrário, se torna uma reserva de gordura.

Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
“The Association Between Dietary Nutrient Composition and the Incidence of Cirrhosis or Liver Cancer in the U.S. Population.” Ioannou, George; Connole, Marah; Morrow, Olivia; Lee, Sum. Hepatology; July 2009.

Carlos Varaldo
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