Utilizando o sistema de pesquisa SurveyMonkey na base de assinantes da página WWW.HEPATO.COM do Grupo Otimismo e, também, compartilhando pela rede social Facebook entre os dias 15/07/2014 e 24/07/2014 (oito dias) objetivamos conhecer a opinião dos infectados com hepatite C sobre a aceitação, ou não, do preço que os fabricantes dos novos medicamentos estão querendo cobrar do sistema público de saúde.
Foram realizadas duas perguntas com a opção de concordar ou discordar. Também, para validar as respostas os participantes poderiam colocar em texto seu posicionamento e sugestões.
RESULTADOS:QUESTÃO 1
Ao perguntar “Você acha que o governo deve aceitar o preço pedido pelos fabricantes para inicialmente tratar somente os casos mais graves (tratamento compassivo), continuando os outros infectados por tempo indeterminado a receber tratamento com interferon peguilado e ribavirina (telaprevir ou boceprevir)?, obtivemos 506 respostas, sendo que 85,97% não concordam com aceitar o preço pedido pelos fabricantes e privilegiar somente o grupo dos casos mais graves.
Opções de resposta: | Número de respostas: | Percentual: |
SIM – Deve aceitar | 71 | 14,03% |
NÂO – Não deve aceitar | 436 | 85,97% |
QUESTÃO 2
Ao perguntar “Ou você acha que o governo deve negociar firmemente para conseguir um preço menor e dessa forma disponibilizar os novos medicamentos para todos os infectados? Lembrando que com está opção os medicamentos poderão atrasar 4, 5 ou 6 meses em chegar?“, obtivemos 545 respostas, sendo que 92,48% acreditam ser essa a melhor estratégia do governo, aceitando a possível demora na incorporação no SUS.
CONCLUSÕES
1 – Fica evidente o posicionamento favorável dos infectados quanto ao governo negociar firmemente uma redução dos preços para ser possível atender o maior número de pacientes.
2 – Interessante saber que os próprios infectados acham que um preço exorbitante pode inviabilizar a sustentabilidade do sistema.
3 – A titulo de curiosidade: Se o preço do medicamento nos Estados Unidos de 84 mil dólares fosse aplicado no Brasil, para tratar os estimados 2 milhões de infectados crônicos seriam necessários 400 bilhões de reais. Sendo que o orçamento anual do ministério da saúde para tratar todas as doenças é de aproximadamente 100 bilhões de reais.
Carlos Varaldo
www.hepato.com
hepato@hepato.com
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