De acordo com a Organização Mundial de Saúde cerca de 170 milhões de pessoas no mundo têm hepatite C e a maioria não sabe que estão infectados.
Por que é importante ser diagnosticado? Porque 75% dos infectados poderá desenvolver doença crônica e 20% das pessoas afetadas desenvolverão danos permanentes ao fígado (cirrose) e 20% das pessoas com cirrose hepática desenvolverão câncer de fígado de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
No Brasil é estimado que 3 milhões estejam infectados e que entre 90% e 95% por falta do diagnostico ainda desconheçam que estão doentes. Conforme a estimativa da OMS é possível calcular que 2,2 milhões de brasileiros já estejam com a doença crônica, que desses, 450.000 chegarão a desenvolver cirrose na próxima década e que 90.000 sofrerão o terrível câncer de fígado, um câncer mortal. No mundo é possível estimar que 125 milhões já estejam com a doença crônica, que desses 25 milhões chegaram a desenvolver cirroses na próxima década e, que 5 milhões sofrerão o terrível câncer de fígado.
As pessoas com maior risco de estar infectadas com hepatite C são aquelas que antes de 1993 passaram por alguma cirurgia ou realizaram um parto, pois pode ter recebido sangue quando ainda a hepatite C não era conhecida, também, quem antigamente recebeu aplicações de injeções quando as seringas eram de vidro e somente fervidas, quem foi usuário de drogas injetáveis, quem realizou tatuagens em ambiente não esterilizado, transplantados de órgãos, mas essas são somente algumas possibilidades. Existem muitas infecções que ninguém pode determinar como aconteceram.
O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos recomenda a realização do teste da hepatite C para todos os nascidos entre 1945 e 1965. Nessa faixa de data de nascimento se encontram aproximadamente 80% dos que resultaram infectados na juventude, quando a hepatite C ainda não tinha sido descoberta.
Hoje em dia se infectar com hepatite C é menos provável, a sangue de transfusão é tudo testado, as seringas de injeção são descartáveis e os instrumentos cirúrgicos passam em geral por esterilização em autoclaves. Um das formas de contaminação hoje em dia é a falta de cuidados ao fazer as unhas com manicures de salões que não esterilizam os instrumentos em autoclaves a 140 graus de temperatura, um fato lamentavelmente ainda comum. Cada pessoa deveria ter seu próprio material de unhas e não o compartir com ninguém.
A hepatite C não é considerada uma doença sexualmente transmissível pela Organização Mundial da Saúde. A Sociedade Médica Americana recomenda que pessoas infectadas somente com hepatite C devem ser informadas que o risco de transmissão sexual é baixo, o que pode justificar não utilizar preservativos se a relação sexual é monogâmica. Já homens que fazem sexo com homens, infectados com HIV/AIDS, pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou com infecções sexualmente transmissíveis devem ser encorajados a utilizar preservativos.
Ainda não existe uma vacina para proteger contra a hepatite C, mas existe tratamento sendo uma doença que pode ser curada se diagnosticada da forma mais precoce possível, mas para isso é necessário realizar um testes especifico chamado ANTI-HCV, um teste fácil de realizar, barato, coberto por todos os planos de saúde e realizado (com alguma dificuldade) na rede pública de saúde. Saber que uma pessoa tem hepatite C pode salvar a vida, mas para isso é necessário realizar o teste de detecção. Exija o teste das hepatites!
A hepatite C não apresenta sintomas, motivo pelo qual é chamada de “assassina silenciosa”.
Carlos Varaldo
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