A vitamina D participa de muitas funções do organismo, entre elas na estrutura do esqueleto e atualmente é a cada dia mais conhecida sua relação com as doenças crônicas que afetam o fígado.
Pesquisa publicada no “Journal Gastroenterology Hepatology” analisou os efeitos da deficiência do nível de vitamina D em pacientes com gordura no fígado, a chamada “NASH” (Não Alcoólica eSteato Hepatite) e verificar se a indicação da suplementação de vitamina D pode provocar uma melhora da função do fígado.
Foram incluídos 94 pacientes com doenças crônicas do fígado divididos entre aqueles com uma concentração de vitamina D inferior a 20 ng/ml os quais receberam uma suplementação de vitamina D superior aos pacientes com um nível de vitamina D entre 20 e 30 ng/ml.
Antes da suplementação os pacientes foram avaliados pelo estagio do fígado, exames clínicos e de função hepática (Child-Pugh e MELD), com o efeito de poder comparar esses exames após a suplementação de Vitamina D.
Dos 94 pacientes com doença crônica do fígado 87% deles apresentavam deficiência no nível de vitamina D, em média de 18,8 ng/ml, sendo ainda menor nos pacientes com cirrose, de 15,9 ng/ml. Igualmente, entre os com dano mais avançado foi encontrada um nível de vitamina D de 16,5 ng/ml naqueles com CHILD-A e de 7,75 ng/ml nos com CHILD-C.
Após a suplementação os níveis de vitamina D estavam normais em 94% dos pacientes, e foi constatada uma melhora significativamente alta no número de plaquetas, na albumina e na função do fígado na escala Child-Pugh.
Concluem os autores que todos os pacientes com doenças crônicas de fígado deveriam realizar o exame para determinar o nível de vitamina D e se o mesmo estiver insuficiente receber suplementação, já que a mesma é segura e eficaz.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Vitamin D deficiency in chronic liver disease, clinical-epidemiological analysis and report after vitamin d supplementation – Nereida Fernández Fernández, Pedro Linares Torres, Diana Joáo Matias, Francisco Jorquera Plaza, Jose Luis Olcoz Goñi – Gastroenterol Hepatol. 2016;39:305-10
Carlos Varaldo
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