Antes de começar o tratamento da hepatite C com os novos medicamentos livres de interferon todos os pacientes devem realizar o teste da hepatite B, de acordo com nova recomendação de consenso da Associação Americana para o Estudo do Fígado – AASLD.
Os casos de reativação da hepatite B (um aumento do vírus) durante ou após a o tratamento com os novos medicamentos libres de interferon para a hepatite C foram relatados em pacientes co-infectados com hepatite B que não estavam em tratamento da hepatite B. A gravidade destes casos variou de leve a grave lesão hepática fulminante, que pode ser fatal.
Enquanto não se conhece com que frequência isso ocorre, o Painel de Orientação da Associação Americana para o Estudo do Fígado – AASLD recomenda o teste da hepatite B para todos os pacientes que começam o tratamento da hepatite C.
Além disso, o Painel de Orientação da Associação Americana para o Estudo do Fígado – AASLD recomenda:
· Vacinação para hepatite B para todos os indivíduos susceptíveis (ou seja, aqueles que não estão imunizados ou sem evidência de resposta à imunização);
· A realização de um teste de HBV / ADN antes do tratamento da hepatite C em pacientes que poderiam ser ativamente replicantes (isto é, aqueles que são HBsAg positivos);
· Os pacientes que preenchem os critérios para o tratamento da hepatite B devem ser tratados, ao mesmo tempo – ou antes – de iniciar o tratamento da hepatite C;
· Monitoramento de pacientes com níveis baixos ou indetectáveis de HBV / ADN em intervalos regulares (geralmente não mais frequentemente do que a cada quatro semanas) para a reativação do vírus da hepatite B durante o tratamento da hepatite C e colocando aqueles com níveis de HBV / DNA em tratamento da hepatite B conforme os critérios de tratamento da hepatite B recomendados pelo consenso.
“Embora atualmente não há dados suficientes para fazer recomendações claras para pacientes que tenham sido expostos ao vírus da hepatite B e tenham eliminado o vírus, seja espontânea ou após a terapia antiviral, recomendamos que estes pacientes sejam monitorados para a reativação da hepatite B”, diz Susanna Naggie, MD, MHS, co-presidente do Painel de Orientação. “Isto é particularmente importante no caso de aumentos sem explicação das enzimas hepáticas durante ou após a conclusão do tratamento da hepatite C.
ATENÇÃO:
Todos os pacientes que iniciam o tratamento da hepatite C com os novos medicamentos devem ser avaliados para a possibilidade de co-infecção com hepatite B realizando os testes HBsAg, anti-HBs e anti-HBc.
Para os pacientes HBsAg positivos que já não estão em tratamento da hepatite B, a monitorização dos níveis de HBV / ADN durante e imediatamente após o tratamento da hepatite C é recomendado e o tratamento antiviral para hepatite B deve ser dado se os critérios de tratamento da hepatite B são os constantes no consenso.
MEU COMENTÁRIO
Não é para ficar alarmado, é uma recomendação feita por precaução. Não deve deixar de ser realizado o tratamento da hepatite C. Por enquanto são poucos casos relatados, faltando confirmar com que frequência isso pode acontecer
Para os interessados o texto completo com as recomendações da Associação Americana para o Estudo do Fígado – AASLD – “MONITORING PATIENTS WHO ARE STARTING HEPATITIS C TREATMENT, ARE ON TREATMENT, OR HAVE COMPLETED THERAPY” é encontrado em http://hcvguidelines.org/full-report/monitoring-patients-who-are-starting-hepatitis-c-treatment-are-treatment-or-have
Carlos Varaldo
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