A Sociedade Brasileira de Hepatologia apresentou um pôster durante o EASL 2017 mostrando os resultados preliminares de 1.523 infectados que completaram as 12 semanas após o tratamento, comprovando a cura. O estudo completo incluirá 5.000 infectados e até o momento já estavam registrados dados de 2.763 infectados em tratamento
Os dados dos primeiros 1.523 pacientes incluem 1.162 infectados com o genótipo 1, 33 com o genótipo 2, 316 com o genótipo 3, 9 com o genótipo 4 e 3 com os genótipos 5 ou 6. Nesses 1.523, 60,3% eram homens, a idade média era de 58 anos, 47% já se encontravam com cirrose, 50% tinham fracassado a um tratamento anterior (20% com telaprevir ou boceprevir), 8% eram transplantados de fígado e 3,3% eram co-infectados com o HIV ou HBV, e 9% já estavam com cirrose descompensado.
– A cura dos infectados com o genótipo 1 foi em 97% dos pacientes, sendo de 95% caso o infectado estivesse com cirrose.
– A cura dos infectados com o genótipo 2 foi em88% dos pacientes, sendo de 82% caso o infectado estivesse com cirrose.
– A cura dos infectados com o genótipo 3 foi em91% dos pacientes, sendo de 85% caso o infectado estivesse com cirrose.
– A cura dos infectados com o genótipo 4 foi em89% dos pacientes, sendo de 100% caso o infectado estivesse com cirrose (somente 4 pacientes).
– A cura nos genótipos 5 e 6 foi de 67%, mas somente 3 pacientes faziam parte deste grupo.
ESQUEMAS DE TRATAMENTOS EMPREGADOS NOS GENÓTIPOS 1 E 3:
– Utilizando simeprevir e sofosbuvir, 96% dos infectados com o genótipo 1 resultaram curados.
– Utilizando daclatasvir e sofosbuvir, 97,5% dos infectados com o genótipo 1 resultaram curados, e 91% dos infectados com o genótipo 3.
– Utilizando sofosbuvir combinado com interferon peguilado, 100% dos infectados com o genótipo 1 resultaram curados, e 94% dos infectados com o genótipo 3.
Teve ainda outros esquemas de tratamento. Dos 6 infectados com o genótipo 1 tratados com sofosbuvir e ribavirina, 83% resultaram curados. Dos 56 que foram tratados com sofosbuvir e ledipasvir, 96% resultaram curados e dos 46 tratados com o 3D da Abbvie, 97% resultaram curados.
Concluem os autores que os resultados preliminares dos novos tratamentos com os medicamentos orais livres de interferon utilizados no Brasil apresentam alta taxa de cura dos infectados com hepatite C, principalmente entre os com cirrose compensada.
MEU COMENTÁRIO
Todos devemos comemorar os resultados obtidos no Brasil utilizando medicamentos de marca, os quais demonstram resultados espetaculares. Parabéns ao governo pela escolha e o fornecimento aos infectados, faltando agora tratar primeiro os com fibroses F2 e em 2018 tratar todos os diagnosticados, com qualquer grau de fibrose.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
New direct action antivirals containing regimes to treat patients with hepatitis C chronic infection: first results from a national real-world registry of the Brazilian Hepatology Society – H. Cheinquer , H.S. Coelho , R.S. Aires, E.D. Quintela, C. Lobato, J.E.M. Filho, L.B. Lima, L.A. Borba, M.G. Pessoa, G.F. Silva, E.B. Hyppolito, C.P. Ivantes, R.F. Rezende, C.B. Mello, F.V. Nascimento, G.M. Gomide, I. Altikes, P.A. Pinto, M.A. Pedroso, G.S. Pereira, A.C. Martinelli, L.F. Goncalves, R.L. Garcia, L.C. Mendes, F.P. Pessoa, M.G. Ferraz, D.B. Terrabuio, N.A. Figueira, P.A. Ferreira, R.P.F. Filho, R.A. Silva, C.M. Rocha, A.C. Lyra, C.V. Tovo, E. Strauss, A.S. Evangelista, E.R. Parise – EASL 2017 – Abstract FRI-223
Carlos Varaldo
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