Tomando partes da apresentação do “Atualização na hepatite C” realizada pelo Dr. Arun J Sanyal no Hepato Pernambuco 2017 permite colocar de forma simples como estão definidas as 15 drogas que fazem parte do arsenal terapêutico para tratamento da hepatite C.
Os medicamentos orais livres de interferon para tratamento da hepatite C atuam em diferentes partes da estrutura do vírus. Alguns são inibidores da protease do vírus (NS3), outros são inibidores da polimerase do vírus (NS5-B) e outros atuam inibindo a replicação viral (NS5-A), além da velha e conhecida ribavirina.
Todos os que no nome acabam em PREVIR, como o simeprevir, paritaprevir, grazoprevir, glecaprevir e voxilaprevir são os inibidores da protease do vírus (NS3).
Todos os que no nome acabam em ASVIR, como o daclatasvir, elbasvir, ledipasvir, ombitasvir, velpatasvir, pibrentasvir e ruzavir são os que atuam inibindo a replicação viral (NS5-A)
Os que no nome acabam em BUVIR como o sofosbuvir e dasabuvir são os inibidores da polimerase do vírus (NS5-B).
A combinação de uma ou mais drogas compõem os medicamentos para o tratamento:
– Sofosbuvir e simeprevir;
– Sofosbuvir e daclatasvir;
– Sofosbuvir e ledipasvir;
– Sofosbuvir e velpatasvir;
– Paritaprevir / ritonavir r/ ombitasvir e dasabuvir;
– Sofosbuvir / velpatasvir e voxilaprevir (em aprovação no FDA);
– Grazoprevir e elbasvir;
– Grazoprevir / elbasvir e ruzavir (em aprovação no FDA);
– Pibrentasvir e glecaprevir (em aprovação no FDA);
Mais de 1 milhão de pessoas já foram tratadas no mundo com os medicamentos orais livres de interferon.
A importância dos novos medicamentos que estão na fase de aprovação pelas agências reguladoras e quais as vantagens:
– São medicamentos pan-genotípicos, isto é, servem de forma igual para tratar todos os genótipos da hepatite C;
– Possuem alta barreira à resistência viral, aumentando o percentual de infectados curados;
– Servem para retratar aqueles que não responderam aos medicamentos orais atualmente em uso;
– Na maioria dos casos reduzem o tempo de tratamento;
– Eliminam o uso da ribavirina;
– São seguros e eficazes em populações especiais que atualmente não dispõem de opções de tratamento;
– Podem tratar pacientes transplantados e com cirrose descompensada;
– Apresentam menos interações medicamentosas que os disponíveis atualmente;
– São seguros para serem utilizados durante a gravidez;
– Todos eles são tratamentos de uma única pílula ao dia.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal de seu autor, tomando como base a seguinte fonte:
Apresentação do Dr. Dr. Arun J Sanyal – (Virginia Commonwealth University School of Medicine Richmond, VA) – Hepato Pernambuco 2017
Carlos Varaldo
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