O mercado de medicamentos da hepatite C

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Nos últimos dias a Johnson & Johnson e a Merck (MSD) anunciaram que interromperam o desenvolvimento de novos medicamentos para tratar a hepatite C.

A partir desse momento passaremos a ter os medicamentos da Gilead (Harvoni®, Epclusa® e Vosevi®), o da AbbVie (Maviret®) e o da Merck (Zepatier®) todos eles já aprovados na Europa e Estados Unidos.

O porquê da desistência da Johnson & Johnson e da Merck (MSD) é facilmente explicado. O Vosevi® e o Maviret® são medicamentos que atendem todos os genótipos da hepatite C (Não será mais necessário o exame da genotipagem) e apresentam taxas de possibilidade de cura perto dos100%. O Zepatier® é um excelente medicamento, mas destinado aos genótipos 1 e 4.

Também, o mercado por tratamentos está diminuindo, os medicamentos existentes já curaram muita gente, isso é bom para os pacientes, mas não é boa notícia para indústria a qual já apresenta até 40% menos no faturamento. Menos infectados a tratar e preços menores devido à concorrência não é o que os investidores gostam de ver. Tratados todos os infectados que já estavam diagnosticados, a maioria deles fracassados após 15 anos de tratamentos com interferon, a partir desse momento somente os novos diagnosticados anualmente é que passam ser tratados, os quais são em número bem inferior a demanda inicial.

Brasil ya está en esa fase, tratados prácticamente todos los F2 y F4 (cirrosis) y ahora contemplados los F2 y cuando ya en el primer semestre del año próximo contemplar los F0 y F1 (promesa del ministro de salud), cuando tal cual acontece en el sida será diagnosticar y tratar todo infectado positivo con cualquier grado de daño hepático, llegaremos al final de 2018 con prácticamente todos los casos diagnosticados tratados, cuando pasaremos a tratar sólo los nuevos diagnosticados.

El ministro de salud anunció que en 2018 y 2019 se ofrecerán 130.000 tratamientos. En el año 2018 todavía tendremos para tratamiento los F0, F1 y F2 ya diagnosticados más los nuevos diagnosticados con cualquier fibrosis, lo que representará unos 60.000 tratamientos, pero para completar 130.000 en 2019 será necesario encontrar más 70.000 infectados con hepatitis C, una meta que será difícil de alcanzar.

MINHA OPINIÃO

Com a chegada do Vosevi® e do Maviret® qualquer opção de tratamento que cure menos de 95% passa a ser um tratamento sub-ótimo e não seria ético tratar um infectado, por exemplo com sofosbuvir / daclatasvir colocando em risco de não curar a hepatite C a mais de 7% dos pacientes.

Existindo medicamentos de uma nova geração, mais seguros efetivos e na maioria dos casos com tratamentos de oito semanas de duração, devemos lutar para ter os novos medicamentos no sistema público da saúde, desde que ao mesmo preço dos atuais, ou ainda a um preço menor.

Carlos Varaldo
www.hepato.com
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