Para pacientes infectados com vírus da hepatite C sem doença hepática avançada, a obtenção da cura com antivirais orais livres de interferon está associada à diminuição da mortalidade, de acordo com os resultados publicados na revista Hepatology.
O estudo incluiu 103.346 pacientes mono-infectados com genótipos 1, 2 e 3, sem cirrose, câncer ou transplantados de fígado. Destes pacientes, 40.664 foram tratados com os medicamentos orais livres de interferon, e os outros 62.682 pacientes constituíram o grupo que não recebeu tratamento.
No grupo que recebeu tratamento, 96,8% dos pacientes a cura e somente 3,2% não tiveram sucesso com o tratamento.
A taxa de mortalidade dos pacientes que resultaram curados da hepatite C foi de 1,18 óbitos em cada 100 pacientes, em comparação com 2,84 óbitos em cada 100 pacientes no grupo que não obteve a cura com o tratamento e 3,84 óbitos a cada 100 pacientes entre os que não receberam tratamento.
Concluem os autores que a cura da hepatite C com os medicamentos orais livres de interferon é associada com um risco reduzido de morte em comparação com os pacientes que não obtiveram a cura, com diferença ainda maior entre aqueles que não recebem tratamento.
MEU COMENTÁRIO
É evidente a urgente e imediata necessidade de oferecer tratamento a todos os infectados diagnosticados com hepatite C.
No lançamento do Plano de Eliminação da Hepatite no Brasil pelo ministro da saúde, Dr. Ricardo Barros, a promessa é que no final de julho todos os infectados serão contemplados, então, todos devemos ficar alertas para cobrar a realização da promessa.
Este artigo foi redigido com comentários e interpretação pessoal do autor, tomando como base a seguinte fonte: Direct-acting antiviral sustained virologic response: impact on mortality in patients without advanced liver disease – Backus LI, Belperio PS, Shahoumian TA, Mole LA. – Hepatology. doi:10.1002/hep.29811
Carlos Varaldo
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